O Ministério Público da Suíça acusa Al-Khelaifi de incitar Valcke “a cometer crime agravado de gestão danosa”, enquanto o antigo dirigente do organismo que rege o futebol é suspeito de “vários crimes de gestão danosa agravada e falsificação de documentos”.
Um terceiro acusado, que não é identificado, é indiciado por suborno e também por incitar Valcke a cometer atos de gestão danosa agravada.
Além liderar o bicampeão francês de futebol, Al-Khelaifi é o presidente do conselho de administração da cadeia televisiva do Qatar BeIN Sports e membro do comité executivo da UEFA.
O dirigente e empresário do Qatar negou estas ilegalidades em 2017 e 2019, quando foi inquirido neste procedimento criminal iniciado há três anos, que incidia em crimes de corrupção, pelo qual Al-Khelaifi já não é acusado, depois de ter chegado a um “acordo amigável” com a FIFA.
Em comunicado, o gabinete do Procurador-Geral suíço indica ter acusado Al-Khelaifi e Valcke no âmbito da “atribuição dos direitos televisivos de vários campeonatos do mundo e Taças das Confederações da FIFA”.
Al-Khelaifi terá tentado influenciar a concessão dos direitos televisivos do Mundial, ao ceder a gratuitamente a Valcke a sua vivenda de luxo na Sardenha — cujo aluguer foi calculado em 1,8 milhões de euros.
O dirigente está ainda implicado numa outra investigação sobre corrupção, mas pela justiça francesa, quanto aos direitos de transmissão dos Mundiais de atletismo de 2019, que foram disputados em Doha.
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