“Em nenhum momento houve um pedido, sugestão ou sequer aval do presidente ou de qualquer elemento do Sporting para que a ‘Juve Leo’ desencadeasse qualquer ação contra os nossos jogadores, o nosso ‘mister’ (Jorge Jesus), o ‘staff’ técnico ou qualquer elemento da Academia de Alcochete”, disse Mustafá, durante a leitura de um comunicado à imprensa.
Mustafá justificou esta tomada de posição pública com os acontecimentos ocorridos na terça-feira na Academia de Alcochete e com o que tem sido veiculado pela comunicação social, recordando que a Juventude Leonina é “uma associação com 7.000 associados e que condena qualquer tipo de violência no desporto”.
Em face dos acontecimentos na Academia de Alcochete e a existência de elementos da Juventude Leonina que se encontram detidos e a responder em interrogatório judicial, Mustafá informou que vai ser instaurado um processo interno para averiguar o grau de envolvimento desses associados nos lamentáveis incidentes de terça-feira.
“Como sportinguista, condeno os atos praticados e em função das conclusões do inquérito, serão aplicadas as devidas sanções disciplinares”, disse Mustafá, que prometeu apoio incondicional aos jogadores e suas famílias, ao ‘staff’ técnico, muito especialmente a Jorge Jesus, à direção, ao presidente Bruno de Carvalho e aos sócios simpatizantes do Sporting.
A concluir, o líder da ‘Juve Leo’ apelou a todos os sportinguistas para que a final da Taça de Portugal seja “uma jornada inesquecível de apoio aos jogadores e à equipa do Sporting”.
Na terça-feira, antes do primeiro treino para a final da Taça de Portugal, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 50 alegados adeptos encapuzados, que agrediram técnicos e jogadores. A GNR deteve 23 dos atacantes.
Paralelamente, a Polícia Judiciária deteve na quarta-feira quatro pessoas na sequência de denúncias de alegada corrupção em jogos de andebol, incluindo o diretor desportivo do futebol, André Geraldes, que foi libertado sob caução e impedido de exercer funções desportivas.
O cenário agravou-se com as demissões na quinta-feira da Mesa da Assembleia Geral, em bloco, da maioria dos membros do Conselho Fiscal e Disciplinar, instando o presidente do Sporting a seguir o seu exemplo, mas Bruno de Carvalho anunciou que se irá manter no cargo, apesar das seis demissões no Conselho Diretivo.
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