No outro jogo que hoje encerrou a primeira mão dos oitavos de final, em Gelsenkirchen, o Manchester City confirmou-se como favorito ante o Schalke 04 e mesmo a jogar com 10 contra 11 teve arte para virar uma desvantagem e ganhar por 3-2.
Os oitavos de final da 'Champions' ficam assim com o City muito bem encaminhado para a segunda mão, mas também o Atlético marca uma posição muito forte, podendo gerir a vantagem na deslocação ao terreno do crónico campeão italiano dos últimos anos.
O jogo de Madrid, no Wanda Metropolitano, foi emocionante e acabou por confirmar a 'sina' de Simeone, que desde que está no comando dos 'colchoneros' nunca perdeu com italianos.
Com Diogo Costa desastrado, Morata a ver um golo anulado (aos 70 minutos, por empurrão a Chielini) e Griezmann sem sorte (um remate à barra, aos 53), acabaram por ser os centrais uruguaios os 'heróis' da equipa da casa.
O último quarto de hora foi de pressão do Atlético e deu frutos, primeiro por Gimenez e depois por Godín.
Aos 78 minutos, após um canto, uma bola sobrou para Gímenez que rematou a contar, fazendo o 1-0. Volvidos cinco minutos, após um livre, Godín ficou com a bola no lado direito da área adversária e rematou 'enrolado', com a bola a tabelar num infeliz Cristiano Ronaldo.
Não foi, de facto, memorável o regresso do português a Madrid, ele que tantas vezes marcou ao Atlético, pelo Real. Mas viu-se o 'perfume' do seu futebol, num livre direto aos nove minutos, ou em duas ocasiões soberanas, aos 89 e 90+3, motivo para Oblak brilhar na baliza.
Vaiado assim que entrou em campo, percebeu-se que era um dos homens 'a marcar', o que bem se viu na dupla falta que sofreu aos 42 minutos.
Em Gelsenkirchen, o Manchester City, com Bernardo Silva a titular, venceu 'contra ventos e marés', até contra o videoárbitro (VAR), utilizado para dirimir os lances de que resultaram os dois penáltis do Schalke 04, ambos cobrados pelo argelino Nabil Bentaleb.
A formação alemã, apenas 14.ª na ‘Bundesliga’ em curso, mostrou que é a mais fraca equipa em prova na 'Champions' e não parece ter argumentos para ganhar por 2-0 em Manchester.
Kun Agüero começou por dar o mote ofensivo do City, com um cabeceamento aos sete minutos que Fahrman defendeu a custo.
Aos 18 minutos, o argentino chegou ao golo, rematando para a baliza aberta: Má reposição do guarda-redes, David Silva ganhou a Salif Sané e entregou para o golo número 56 do argentino na 'Champions'.
O 'festival' de consultas ao VAR começou ao minuto 34, com um remate de Caliguri a embater no braço de Otamendi. Dois minutos depois, foi mostrado o amarelo e só quatro minutos volvidos o penálti foi cobrado.
Aos 43, nova grande penalidade, por derrube de Fernandinho a Sané.
Na segunda parte, tudo parecia ficar negro para o City, com o segundo amarelo a Otamendi e expulsão, aos 68.
Mas a história do jogo estava longe de acabar e a recuperação veio do banco, através de Leroy Sané. Aos 85, ainda nem 10 minutos tinha de partida, fez um grande golo de livre direto, muito colocado, a 25 metros.
E aos 90 o entendimento perfeito entre Ederson e Sterling deu no 3-2 para o City. O guarda-redes lançou longo, o avançado ganhou a Oczipka e rematou cruzado da direita, já com pouco ângulo.
Em março, o Manchester City tem tudo para ser uma das oito equipas a 'carimbar' o acesso aos quartos de final.
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