Há uma semana, os espanhóis conquistaram um empate 1-1 no estádio da equipa londrina, apesar de terem jogado durante 80 minutos com menos um jogador, enquanto os franceses amealharam uma vantagem de 2-0 na receção ao conjunto austríaco.
Pouco após ter sido anunciada a saída do francês Arsène Wenger, que treina o Arsenal há 22 anos, no fim desta época, os ‘gunners’ foram incapazes de vencer uma equipa do Atlético que jogou desde os 10 minutos em inferioridade numérica, devido à expulsão do defesa croata Sime Vrsaljko.
O avançado francês Alexandre Lacazette colocou os ingleses em vantagem, aos 61 minutos, mas o compatriota Antoine Griezmann, a principal referência do Atlético de Madrid, restabeleceu a igualdade aos 82, deixando os espanhóis em ligeira vantagem para o segundo jogo.
O confronto entre Arsenal e Atlético é uma espécie de final antecipada, pois, nos últimos oito anos, apenas o FC Porto, vencedor da prova em 2011, na final com o Sporting de Braga, conseguiu intrometer-se entre os clubes espanhóis e ingleses, que se impuseram nas restantes sete edições.
O Atlético foi, precisamente, um dos vencedores da competição durante esse período, em 2010 e 2012, procurando neste ano conquistar o terceiro título e igualar Juventus, Inter Milão e Liverpool na galeria dos campeões, todos com menos dois troféus do que o recordista Sevilha.
A equipa de Madrid, que eliminou o Sporting nos quartos de final (vitória por, 2-0, em Madrid, e derrota — a única sofrida na competição -, por 1-0, em Lisboa), necessita apenas de um ‘nulo’ para se apurar para a final, marcada para 16 de maio, em Lyon.
O resultado da primeira mão obriga o Arsenal, vencedor em 1969 da extinta Taça das Cidades com Feiras, antecessora da Taça UEFA e da Liga Europa, não reconhecida pela UEFA, a marcar na capital espanhola para poder proporcionar uma despedida em grande a Wenger.
Os londrinos estão ainda dependentes da conquista da segunda prova europeia de clubes para obterem a qualificação para a próxima edição da Liga dos Campeões, já falhada pela via do campeonato inglês, no qual ocupam o sexto lugar, ao contrário do Atlético, segundo colocado em Espanha.
A vantagem obtida pelo Marselha sobre o Salzburgo no embate inicial é um pouco mais confortável, materializada com os golos do avançado Florian Thauvin, aos 15 minutos, e do camaronês Clinton N´Jié, aos 63, mas os franceses terão de disputar a segunda mão em terreno alheio.
Para o Marselha, quarto classificado da Liga francesa, a conquista da Liga Europa pode ser também a única forma de se apurar para a ‘Champions’, mas para o Salzburgo, mesmo a caminho do quinto título austríaco seguido, também pode ser útil, por proporcionar o apuramento direto.
Os dois clubes defrontaram-se apenas duas vezes, precisamente, no Grupo I da primeira fase da prova — no qual o Vitória de Guimarães foi quarto e último classificado -, com o Salzburgo, vencedor do agrupamento, a impor-se por 1-0 em casa, tendo empatado 0-0 em Marselha.
A equipa francesa, na qual alinha o defesa Rolando, o único jogador português com possibilidade de vencer a Liga Europa, eliminou depois o Sporting de Braga, nos 16 avos de final, graças ao triunfo por 3-0 alcançado em França, tendo perdido na segunda mão, ao perder por 1-0.
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