Na primeira final europeia de futebol masculino dirigida por uma árbitra, Stéphanie Frappart, os londrinos colocaram-se na frente por Olivier Giroud, aos 36 minutos, mas Sadio Mané empatou as contas logo no arranque da segunda parte, aos 48.
O avançado senegalês ‘bisou’ no prolongamento, aos 95 minutos, dando vantagem ao Liverpool, só que o internacional italiano Jorginho repôs a igualdade, aos 101, de grande penalidade, levando a decisão para o desempate por penáltis.
Da marca dos 11 metros, Roberto Firmino, Fabinho, Origi, Alexander-Arnold e Salah foram certeiros, o mesmo não sucedendo com o Chelsea, que viu Abraham falhar o derradeiro penálti, depois de Jorginho, Barkley, Mount e Emerson concretizarem os respetivos remates.
O Liverpool - que há 10 dias tinha perdido a Supertaça inglesa para o Manchester City, precisamente no desempate por grandes penalidades - inscreveu, assim, a quarta Supertaça Europeia no seu currículo, após as conquistas de 1977, 2001 e 2005.
Os londrinos não se revelaram nada afetados pela goleada sofrida em Old Trafford e mostraram um futebol positivo, pressionante, desenvolto, assente nas incursões de Pulisic e Pedro, sendo que o espanhol foi o primeiro a visar a baliza à guarda de Adrián, que rendeu o lesionado Alisson nos ‘reds’.
Contudo, foi o guarda-redes do lado oposto do campo, o espanhol Kepa, a brilhar nas redes dos ‘blues’ e a evitar o golo do ‘supersónico’ Salah. Na resposta, o Chelsea também esteve perto de inaugurar o marcador, mas a barra travou o pontapé de Pedro Rodríguez.
Seria sem surpresa que os ‘blues’ chegariam ao golo, numa jogada brilhantemente construída por Kanté. O médio gaulês ‘desbravou’ caminho no meio-campo do Liverpool, entregou em Pulisic e o norte-americano assistiu Olivier Giroud para o primeiro tento da partida.
Em desvantagem, Jürgen Klopp trouxe do intervalo o melhor ‘figurino’ ofensivo do Liverpool, tirando Oxlade-Chamberlain e juntando Roberto Firmino a Salah e Mané. A aposta não poderia ser mais acertada, já que o brasileiro ofereceu imediatamente o empate a Mané.
Depois de uma primeira parte absolutamente ‘vertiginosa’, a queda de produção das duas equipas acabou por ser inevitável e o Chelsea voltou a equilibrar o jogo, retirando alguma da pressão que o adversário lhe colocou no primeiro quarto de hora da etapa complementar.
Ainda assim, Frank Lampard tem de agradecer ao guardião Kepa por duas ‘brilhantes’ intervenções de uma assentada: primeiro defendeu o pontapé de Salah e, depois, opôs-se à recarga de Van Dijk, desviando a bola para a barra.
A partida iria para prolongamento, no qual os ‘reds’ operaram a reviravolta através dos mesmos intervenientes no tento do empate. Roberto Firmino fugiu pela esquerda e proporcionou o ‘bis’ a Mané.
Abraham, que tinha sido lançado por Lampard ainda no tempo regulamentar, foi à procura do empate e conseguiu conquistar uma grande penalidade, que seria convertida por Jorginho, sendo que o mesmo Abraham desperdiçou soberana situação para colocar o Chelsea novamente em vantagem.
Da mesma forma, Mount e Pedro Rodríguez estiveram perto de resolver a decisão no prolongamento, só que a mesma acabou por ser resolvida da marca de grandes penalidades, de onde o Liverpool acertou todos os remates e o Chelsea falhou o quinto e decisivo, por Tammy Abraham.
Jogo no Vodafone Park, em Istambul
Liverpool – Chelsea, 2-2 ap (5-4 gp).
Ao intervalo: 0-1.
No final do tempo regulamentar: 1-1.
No final da primeira parte do prolongamento: 2-2.
No final do prolongamento: 2-2.
Marcadores:
0-1, Giroud, 36 minutos.
1-1, Mané, 48.
2-1, Mané, 95.
2-2, Jorginho, 101 (grande penalidade).
Marcadores das grandes penalidades:
1-0, Roberto Firmino.
1-1, Jorginho.
2-1, Fabinho.
2-2, Barkley.
3-2, Origi.
3-3, Mount.
4-3, Alexander-Arnold.
4-4, Emerson.
5-4, Salah.
5-4, Abraham (defesa do guarda-redes).
Equipas
Liverpool: Adrián, Joe Gomez, Matip, Van Dijk, Robertson (Alexander-Arnold, 91), Fabinho, Henderson, Milner (Wijnaldum, 64), Salah, Oxlade-Chamberlain (Roberto Firmino, 46) e Mané (Origi, 103).
(Suplentes: Lonergan, Kelleher, Wijnaldum, Roberto Firmino, Lallana, Shaqiri, Brewster, Origi, However, Alexander-Arnold e Harvey Elliott).
Treinador: Jürgen Klopp.
Chelsea: Kepa, Azpilicueta, Zouma, Christensen (Tomori, 85), Emerson, Jorginho, Kanté, Kovacic (Barkley, 101), Pedro, Pulisic (Mount, 74) e Giroud (Abraham, 74).
(Suplentes: Caballero, Rüdiger, Marcos Alonso, Barkley, Abraham, Willian, Kenedy, Mount, Zappacosta, Batshuayi, Tomori e Gilmour).
Treinador: Frank Lampard.
Árbitro: Stéphanie Frappart (França).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Azpilicueta (79) e Henderson (85).
Assistência: cerca de 40.000 espetadores.
(Notícia atualizada às 23:17)
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