Os Lusitanos XV recebem hoje (15h00), no CAR de Râguebi do Jamor, os Black Lion, na final da Rugby Europe Super Cup, supertaça europeia de clubes e franquias criada este ano pela Rugby Europe, organização que tutela o râguebi a nível europeu.

A primeira edição da prova juntou oito equipas divididas por duas conferências - Este e Oeste - e tem como objetivo ajudar a promover e desenvolver a modalidade nos países emergentes.

A franquia da Federação Portuguesa de Râguebi (FPR), a única equipa das duas conferências 100% vitoriosa na fase de grupos, ultrapassou os israelitas do Tel Aviv Heat nas meias-finais e chega à final com um histórico de sete vitórias em sete jogos. Defrontará os Black Lion, formação georgiana, equipa totalmente profissional e recheada de internacionais da Geórgia, seleção apurada para o Mundial França 2023. Terminaram em 1.º lugar na conferência Este (derrotaram nas meias a franquia espanhola dos Castilla e Leon Iberians), e tem como registo apenas uma derrota na fase de grupos (16-19 frente aos russos do Lokomotiv Penza),

“É uma equipa forte, constituída por internacionais, quer nos avançados, quer nos defesas, tem jovens com grande potencial e são organizados como uma equipa nacional”, caracterizou Patrice Lagisquet, treinador dos Lusitanos. “Ainda somos amadores e mudámos (ao longo da competição) muitos jogadores. O desafio é jogar a um nível para conseguir competir com os Black Lion”, revelou o também selecionador nacional.

João Belo, médio formação dos Lusitanos, olha para o XV georgiano e descreve: “são uma equipa completa, a maioria profissionais e dura no contacto. Temos de estar disponíveis 80 minutos para o contacto e jogar mais rápido”, adiantou o também Lobo.

Lagisquet não poupou elogios à prova, cuja final realiza-se em Portugal por ter sido o país cuja equipa terminou, entre as duas conferências, a fase de grupos com a maior pontuação, 29 pontos. “Foi interessante ver a evolução dos nossos jogadores, alguns alimentaram a seleção nacional. Sem os Lusitanos a jogar, em setembro e outubro, não teríamos ganho ao Canadá com 21 jogadores nascidos em Portugal”, relembrou durante a conferência de imprensa de antevisão.

Levan Maisashvili, treinador dos Black Lion e igualmente selecionador georgiano, não tem dúvidas. “É uma final e é difícil para qualquer um. Ganha quem fizer menos erros”, admitiu. “Espero levantar a taça (11 kg)”, disse. Merab Sharikadzem capitão, destacou que a equipa “está motivada” e preparada para defrontar o emblema português. “Jogam rápido, já joguei contra Portugal e espero o mesmo”, antecipou.