O London Palladium, em Londres, acolheu ao longo de mais de um século diversas figuras da música mundial e diversos espetáculos. De Harry Houdini a Frank Sinatra, passando por Judy Garland, Elton John, The Beatles, Coldplay, Rihanna ou Adele, entre outros. Até soa estranho quando ouvimos que Madonna não pisou aquele palco.
O que faz com que, nestes dias em que a rainha da pop vai colocando Portugal no mapa, com publicações nas redes sociais, ora apaixonada por Lisboa, ora embaraçada numa teia de burocracias, seja Ronaldo o primeiro dos dois a pisar o palco do Palladium e a normalidade parece restabelecida: SIIIM! Portugal já é Cristiano Ronaldo e o capitão continua a ser o melhor do mundo.
Hoje, depois do desfile no tapete verde, Cristiano Ronaldo foi coroado, pela segunda vez, na segunda edição dos Prémios FIFA “The Best”, prémios que se realizam pelo segundo ano após o divórcio entre a instituição que rege o futebol a nível mundial e a France Football. Somando as duas distinções, o capitão da seleção nacional e jogador do Real Madrid soma cinco prémios FIFA que elegem o melhor futebolista do ano, igualando o “penta” do rival, Leonel Messi.
Depois dos triunfos em 2008, 2013, 2015 e 2016, CR7 foi o eleito do prémio correspondente a parte da temporada 2016/17, entrando para estas contas o período compreendido entre 20 de novembro de 2016 e 2 de julho de 2017.
Além de Ronaldo, foram candidatos ao “The Best” o argentino Messi e o brasileiro Neymar.
"Há 11 anos que estou aqui no palco"
No momento do anúncio, Cristiano Ronaldo subiu ao palco e fez questão de falar em português, antes de fazer algumas declarações inglês, como, aliás, tem sido hábito quando o craque português conquista troféus desta importância.
Durante o discurso, o português dirigiu, primeiro, agradecimentos aos companheiros de equipa, salientando o trabalho em equipa como chave para o sucesso individual. "Quero agradecer aos meus companheiros, à minha equipa, o Real Madrid, aos meus companheiros de seleção também. Foi um ano extraordinário. Há 11 anos que estou aqui no palco… Talento, trabalho duro, muita dedicação. Obviamente era algo que ambicionava: troféus coletivos e individuais", disse o número 7 dos merengues.
Depois foi momento de atribuir sorrisos à família."A minha família está aqui em peso: o troféu é vosso! Irmãs, namorada, filho… e à mãe — se não levo em casa. [Risos] Os meus dois filhos que estão em casa, a Eva e o Matteo. Vou ser pai daqui a um mês… Obrigado a todos!", agradeceu CR7, no palco do Palladium.
Com apresentação do ator Idris Elba (da série Luther), ladeado pela apresentadora Layla Anna-Lee e momento musical de Kasabian e do grupo Stomp, os reis e rainhas foram coroadas nas diferentes categorias: Zinédine Zidane, que na temporada passada conquistou a Liga dos Campeões e a La Liga, e já esta temporada conquistou a Supertaça espanhola, foi eleito o melhor treinador, o veterano Gianluigi Buffon foi distinguido como melhor guarda-redes, os fãs do Celtic, clube escocês, foram premiados como os melhores da época, a treinador escocesa Sarina Wiegman foi distinguida como a melhor treinadora de futebol feminino, Francis Koné, jogador do FC Slovacko recebeu o prémio de Fair Play por ter assistido e salvo da morte o guarda-redes adversário durante um jogo, Olivier Giroud, com o seu golo 'escorpião', venceu o Prémio Puskás, que distingue o melhor golo da temporada e Lieke Martens foi eleita a melhor jogadora feminina do ano.
Foi ainda distinguido, na gala desta noite, o onze do ano da FIFA: Buffon; Dani Alves, Sergio Ramos, Leonardo Bonucci e Marcelo; Toni Kroos, Luka Modric e Andrés Iniesta; Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar.
Mais um prémio, mais uns milhões para o valor da marca Ronaldo
Daniel Sá, diretor-executivo do IPAM e especialista em marketing desportivo que acompanha a marca Cristiano Rolando há mais de sete anos, acredita que o valor “possa atingir 120 milhões de euros no final de 2017”, aponta.
Um crescimento, refere, sustentado na “provável evolução nas receitas de patrocínios”, do aumento “das inserções e referências a CR7 nas televisões, jornais, rádios e meios online”, no “Google” e nos “dos seguidores” nas redes sociais ou mesmo a popularidade obtida pelo clube, Real de Madrid, e na seleção portuguesa, campeã europeia. “Enquanto marca, Cristiano Ronaldo é uma estrela mundial que disputa a nível de visibilidade com estrelas da música e cinema, ou mesmo política. A popularidade extravasa o mundo do futebol”, sustenta Daniel Sá,.
“Independentemente de e quando acabar a carreira, o valor da marca continuará a subir e a atingir níveis tão altos como as celebridades. Ronaldo entrou no campo das celebridades, como sucedeu com o Michael Jordan”, sublinha.
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