Depois dos juízes do Meo Rip Curl Pro Portugal terem decidido punir, no passado domingo, Gabriel Medina com “interferência de prioridade” — uma “falta” atribuída pelo facto de o brasileiro e líder do ranking circuito mundial ter “apanhado” na bateria com Caio Ibelli uma onda cuja prioridade era do seu compatriota — Renato Hickel, Comissário da World Surf League (WSL), reforçou que a “decisão” já tinha sido "tomada no final do protesto" [no domingo], interposto pela equipa de Gabriel Medina e pelo próprio surfista. Hickel referiu ainda que estes tinham “sido informados” que “o resultado permaneceria”, isto é, que “Caio passaria para os quartos-de-final”.
“O juiz de prioridade mostrou o vídeo” e explicou a razão da prioridade ter sido “alocada para o Caio”, frisou. “A chamada do juiz de prioridade é soberana. É um judgment call. É único e é dele”, sublinhou o responsável da WSL numa conversa com os jornalistas horas depois da Meo e da WSL anunciarem, em Supertubos, Peniche, a renovação, por mais três anos, da parceria na etapa portuguesa do circuito mundial, numa cerimónia que contou com a presença de Alexandre Fonseca, presidente da Altice Portugal [dona da Meo], e de Francisco Spínola, diretor geral da WSL para a Europa, Médio Oriente e África.
Depois de, no domingo à noite, na sua página pessoal de Instagram, Medina ter escrito ter “esperança” na reavaliação da bateria, e de, antes, a organização ter sido confrontada por Medina e pela equipa sobre a possibilidade de “resurf [repetição]”, Renato Hickel explicou as razões de não ter dado seguimento. “Na regra [do “resurf”] não existe nenhum parágrafo que aloque a mudança do juiz de prioridade. É uma regra para circunstâncias extraordinárias", sublinhou. Esta pode ser aplicada, por exemplo, “se a placa cai e o surfista não vê”. O sucedido com Medina e Ibelli não se enquadra no caso.
Por falta de ondas, na praia de Supertubos, Peniche, o Meo Rip Curl Pro Portugal, penúltima etapa do circuito mundial, cumpre até à próxima 4.ª feira dois dias de espera na competição.
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