“Temos uma ilusão muito grande, e estamos conscientes de que estamos a passar um bom momento, mas também que o Mundial é muito difícil e que um detalhe te pode deixar fora de um jogo, que nem sempre prevalece o que é lógico”, disse o ‘capitão’ argentino.
De acordo com o sete vezes ‘Bola de Ouro’, e que se prepara para disputar um quinto Mundial, o grupo está preparado, até porque “joga todos os jogos com a mesma intensidade e a mesma concentração, o que é importantíssimo”.
“Sabemos que temos de jogar da mesma maneira do primeiro ao último jogo e que não ganhamos nada de entrada, como pensam os argentinos. Seria um erro pensar nos ‘oitavos’ e não no primeiro jogo”, frisou o jogador do Paris Saint-Germain.
Segundo Messi, “somar os três pontos no primeiro jogo dá tranquilidade para os seguintes”, sendo que foi isso que não aconteceu há quatro anos, na Rússia.
“No último Mundial, antes de irmos, já estavam a pensar nos oitavos, em vencer o grupo, com quem íamos jogar, e depois aconteceu o que aconteceu, foi tudo diferente. No Mundial, acontecem sempre coisas que ninguém imagina, invulgares. Só tempos de pensar no primeiro jogo”, insistiu.
A Argentina, que conta no lote dos 26 com os benfiquistas Otamendi e Enzo Fernández, vai disputar o Grupo C, defrontando na primeira ronda a Arábia Saudita, em 22 de novembro. Depois o México (26) e ainda a Polónia (30).
Os argentinos, que ainda cumprem um particular, antes do Mundial, em 16 de novembro, com os Emirados Árabes Unidos, estão presentemente numa série de 35 jogos sem perder (24 vitórias e 11 empates), desde 02 de julho de 2019 (0-2 com o Brasil, nas meias-finais da Copa América).
“Se passarmos a Itália [37 jogos sem perder, entre 2018 e 2021], será um recorde lindo, mas não pensamos nisso. É bom estarmos há tanto tempo sem perder, mas sabemos que qualquer dia vai acontecer algo de mal e estamos preparados para isso”, garantiu, lembrando a reação ao último desaire, já há mais de três anos.
Messi confia no elenco argentino para o Mundial de 2022, considerando-o parecido com o de 2014, que atingiu a final, na qual foi derrotado por 1-0 pela Alemanha, no prolongamento.
“Foi uma experiência inesquecível. Ficou claro para mim que o mais importante é ter um grupo forte, um grupo unido, que numa competição longa te leva a objetivos importantes. Vejo muitas semelhanças entre este grupo e o de 2014. O grupo que se armou agora tem uma grande fortaleza mental”, explicou.
Na entrevista, Messi disse também não ser de fazer promessas, consciente que “é Deus que decide”.
“Estou sempre agradecido pelo que vivi no campo futebolístico e na vida pessoal. O que tiver de vir, virá”, disse, reconhecendo já um clima de ansiedade em casa, nomeadamente por parte de Thiago.
O seu filho mais velho já só pensa no Mundial2022: “O Thiago está sempre a ver vídeos da seleção, com quem vamos jogar, os adversários, quando é o primeiro jogo, quando vamos, quando é o segundo. Está nervoso, ansioso. Mete uma pressão terrível”.
A finalizar, uma mensagem para os argentinos: “Como sempre, estou agradecido por todo o carinho que recebemos. Tenho a mesmo ilusão que todos os argentinos. Esperamos dar o máximo, com sempre. Este grupo vai lutar por todos os jogos, jogando melhor ou pior. Não tenho dúvidas de que não nos vão dar nada. Que tudo nos saia da melhor maneira, e oxalá Deus nos ajude”.
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