“De acordo com os Regulamentos de Saúde do Reino Unido [Isaac Makwala] terá de cumprir um período de quarentena de 48 horas que termina amanhã [quarta-feira] às 14:00”, indica a IAAF em comunicado.
O organismo adianta que os procedimentos “foram claramente explicados por escrito às equipas e pessoalmente à delegação do Botswana” e “lamenta profundamente que o esforço e talento de Isaac Makwala não possa ser exibido hoje, mas a prioridade deve ser o bem-estar de todos os atletas”.
Em consequência da quarentena, Isaac Makwala foi impedido de participar hoje na final de 400 metros, depois de já ter sido afastado também da competição nos 200 metros.
Hoje, a Agência de Saúde Pública (PHE) revelou existirem cerca de 30 casos de gastroenterite nos Mundiais de atletismo de Londres, destacando-se Isaac Makwala nos nove de um hotel oficial da competição, que decorre até domingo.
O corredor do Botswana tornou-se mesmo na baixa mais mediática deste problema de saúde pública: Makwala retirou-se segunda-feira depois de vómitos antes da sua série de 200 metros, distância na qual detém a melhor marca do ano, com 19,77 segundos.
O atleta africano disse à BBC ao início da manhã que ainda estava “pronto a correr” hoje a final dos 400 metros, mas cinco horas antes da prova foi anunciado o seu abandono.
Makwala era o principal rival do sul-africano Wayde Van Niekerk, recordista mundial dos 400, nas provas de 200 e 400 metros, distância na qual tem o terceiro melhor tempo em 2017. “Norovirus [a causa mais comum de gastroenterite e diarreia] foi identificada em dois casos, após análises”, informou a médica Deborah Turbitt, diretora da PHE.
De acordo com a Agência de Saúde Pública, “o norovirus é doloroso, mas pode ser tratado em um ou dois dias, através da ingestão abundante de líquidos”.
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