Joaquim Ribeiro, responsável das duas maiores unidades hoteleiras daquela região ribeirinha do Douro, destacou à Lusa que a prova promove o território, atraindo muita gente que depois acaba por realizar visitas turísticas.
"Para este evento criámos preços especiais, dado que somos parceiros da prova. Temos os hotéis na capacidade máxima, mas é uma situação recorrente ao longo do ano", assinalou.
Para o empresário hoteleiro, "um evento desta envergadura, uma vez por ano, é uma mais-valia na afirmação da marca Baião".
"As regiões têm futuro se apostarem neste tipo de atividades que lhes traz retorno", sinalizou ainda.
Para os dois dias de prova da Fórmula 2, que se estreou em 2016 na Pala, são esperadas milhares de pessoas a encher as duas margens do rio Douro, onde evoluem as potentes embarcações de competição vindas de vários pontos do mundo.
Como habitualmente, os entusiastas da motonáutica também irão encher restaurantes e cafés das redondezas, dando um colorido especial à pequena localidade.
Alexandre Silva, proprietário de um café situado junto ao secretariado da prova, destaca o bom negócio no estabelecimento que a competição consegue gerar, mas lamenta que este movimento só aconteça uma vez por ano.
"Nestes dias, o negócio aumenta, mas são só dois dias. No tempo dos concursos de pesca isto tinha mais movimento", afirmou.
Daniel Guedes, presidente da União de Freguesia de Ancede e Ribadouro, prefere destacar a dinâmica que o concelho de Baião e municípios vizinhos ganham com este tipo de eventos desportivos de nível mundial.
"O alojamento está cheio em Baião, Cinfães, Resende e Marco de Canaveses. Prevemos muita gente a ver esta prova, porque o tempo está bom", disse, em declarações à Lusa.
O autarca admite que na freguesia não haja alojamento para dar resposta a um evento desta envergadura, mas afirmou esperar que "no futuro ocorra mais investimento público e privado".
Do lado da Câmara de Baião, que há vários anos investe neste tipo de provas para animar a zona ribeirinha, junto ao Douro, o presidente Paulo Pereira assinala que o maior impacto da competição, em termos económicos, é no alojamento e restauração, que começa nos dias que antecedem as corridas.
Para o autarca, o facto de as corridas serem transmitidas na televisão, e poderem ser vistas em todo o mundo, é um elemento de promoção da imagem do concelho.
"Estão em prova pilotos de 14 países, que vão ter a oportunidade de conhecer Baião pela televisão e, quem sabe, ficar curiosos para vir cá", assinalou Paulo Pereira.
De acordo com a organização, a cargo do Clube Náutico de Ribadouro, a prova do mundial, na categoria de Fórmula 2, a última da época, conta com 20 pilotos e são esperados cerca de 20 mil espetadores.
A pista foi desenhada nas águas do Douro, na albufeira da Pala, numa extensão de 1.800 metros.
"Vamos ter uma prova muito disputada, onde serão atingidas grandes velocidades, porque é em Baião que se vai decidir quem vence o campeonato", previu Mário Sousa, dirigente da coletividade.
Rashed Al Qemzi, dos Emirados Árabes Unidos, Pierre Lundin, da Suécia, e vencedor da etapa de 2016, em Baião, e o francês Nelson Morin são os três pilotos que ocupam os primeiros lugares da classificação do mundial e marcam presença na prova de Baião.
Na organização da prova estão envolvidas 470 pessoas para garantir a segurança e proteção de uma competição com a chancela da Union Internacionale Motonautique e da Federação Portuguesa de Motonáutica.
No plano institucional, conta-se com o apoio da Câmara de Baião, da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte e da Administração dos Portos de Douro, Leixões e Viana do Castelo.
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