No conferência de imprensa de antevisão do encontro de sexta-feira, em Nijni Novgorod, na Rússia, Deschamps elogiou a forma de defender dos uruguaios e até disse que não sofrem golos desde novembro, ‘esquecendo’ o tento de Pepe na derrota de Portugal por 2-1, nos oitavos de final.

“É uma questão cultural, para eles está escrito nos seus génes. Está a qualidade na defesa, um grau de agressividade, o uso do corpo e dos braços… Sabem fazê-lo muito bem. Defendem sempre, independentemente se o adversário tem a bola ou não”, referiu.

Depois do triunfo por 4-3 sobre a Argentina, a França terá agora um adversário diferente, que não abrirá os mesmos espaços na defesa.

“Sabem defender muito bem todos juntos. Se têm de estar os dez em cima da baliza, estão ali os dez. É igual para eles e defendem todos. Mas também têm um jogo [ofensivo] muito vertical e umas transições muito boas”, afirmou.

Deschamps considerou ainda que, mesmo sem terem o mesmo perfil, os avançados Luis Suárez e Edinson Cavani têm tido uma relação “fantástica” e “sabem procurar-se e ocupar posições muito precisas”.

O selecionador francês pediu ainda paciência para o jogo de sexta-feira, no qual a França terá de se preocupar também com as bolas paradas, e deixou elogios para um jogador em especial.

“[Rodrigo] Bentancur acelera muito o jogo com ou sem bola e isso dá muita força ao Uruguai para passar da defesa ao ataque. Com jogadores como Bentancur e os seus companheiros temos de ter muito cuidado”, assumiu.

Este estilo de jogo tem um ‘culpado’ para Deschamps, o seu homólogo uruguaio, Óscar Tábarez, por quem o francês tem um “grande respeito”.