A super-dupla Joel Embiid e Tyrese Maxey
Os Philadelphia 76ers parecem estar a sentir pouco a ausência de James Harden, que forçou a saída para os Clippers — até agora só perderam um jogo (contra os Milwaukee Bucks, num jogo equilibrado, ainda com o drama Harden por resolver) e somam seis vitórias consucutivas. A última, diante dos Celtics (106-103), talvez seja a que mais salta à vista, uma vez que a equipa de Boston é considerada pelos analistas como uma das melhores da liga e uma das favoritas ao título.
João Dinis diz que Embiid "acordou" e está a jogar como MVP que é, e salienta que os Sixers são o quinto melhor ataque e simultaneamente a quinta melhor defesa, sinal de que "as coisas estão a correr bem". Portanto, perguntou a Lucas Niven, colega de painel neste episódio do podcast, se este bom início de temporada é uma mistura do efeito Nick Nurse e a saída de James Harden.
A resposta foi "sim", mas Lucas Niven prefere "pôr o holofote mais no Nick Nurse", que substituiu Doc Rivers no comando técnico da franquia de Philadelphia neste verão. Isto porque considera que este início dos Sixers "é mais sobre a saída do Doc Rivers do que a saída do James Harden".
"Saiu o Harden, mas saiu o [Doc] Rivers e tudo mudou. O Nick Nurse prometeu mais movimento de bola, mais envolvimento de todos os jogadores, um playbook mais irreverente e inesperado, menos previsível", começa por justificar, acrescentando que depois da derrota com os Bucks, os 76ers são uma das "equipas que mais dá gosto ver jogar". Muito por culpa do "dínamo" Tyrese Maxey e de Embiid, que este ano parece estar a beneficiar do sistema mais orgânico de Nurse, pois está a fazer muito mais assistências por jogo do que em anos anteriores.
Anthony Edwards: o destaque dos Timberwolves
O talento de Anthony Edwards ficou bem evidente durante o Mundial de Basquetebol e Lucas Niven acredita que o extremo dos Wolves não só é alguém muito habilidoso, como parece destinado a ser um dos grandes nomes da modalidade no futuro. "Durante o Mundial, o Anthony Edwards anunciou que ia ser uma super-estrela nesta liga. Vê-lo a jogar à bola é um prazer", diz, afirmando posteriormente que Anthony Edwards "é tudo". E por tudo, entenda-se uma estrela repleta de talento que não dá as dores de cabeça aos executivos da NBA como outros pares emergentes (Ja Morant e Zion Williamson, pelo que fazem fora dos pavilhões) e que tem o carisma e espírito de liderança que Jayson Tatum, por exemplo, não tem.
Ou seja, na sua opinião, quando se fala "que não se sabe quem é que é a cara da NBA quando passar esta geração de LeBron e do Curry", há já um sério candidato a preencher a vaga em Minnesota. "Nas entrevistas ele diz as coisas absolutamente puras, sem filtro nenhum. É um must-see TV. São highlights após highlights", conclui.
O início titubeante dos Lakers
A vida dos Lakers não está fácil. Com cinco derrotas em oito jogos e com Anthony Davis lesionado, o conjunto de LA está numa posição delicada — e precisa de melhorar se tiver aspirações a fazer algo nos playoffs. A prova disso foi o jogo contra os Houston Rockets, que nesta madrugada bateram a equipa liderada por LeBron James (que fez um jogo discreto) por 128-94. Segundo João Dinis, tratou-se de "um atropelo" de 34 pontos de diferença.
Perante a situação, Lucas Niven, adepto confesso dos Lakers, admite "estar preocupado". Além de "faltar muita gente", a equipa está muito dependentemente de LeBron. "Estamos a ganhar os minutos com LeBron James e a levar uma tareia nos minutos sem ele. Isto não pode acontecer", diz o anfitrião do Bola ao Ar, admitindo que o plantel não dá "garantias nenhumas" de que consegue funcionar sem King James. E com Anthony Davis de fora, o futuro parece ainda mais temeroso.
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