Segundo o atleta, campeão olímpico do triplo salto em Pequim2008, o processo de naturalização do cubano, entretanto elegível por Portugal para os Mundiais de atletismo deste ano, foi feito também “com o objetivo de ataque pessoal”, rejeitando ter existido da sua parte “má intenção” na transferência das ‘águias’ para os ‘leões’, em 2016.

Évora, de 34 anos, qualificou o processo como uma “borrada”, e lembrou as naturalizações de Naide Gomes, Francis Obikwelu e de si próprio, uma vez que nasceu na Costa do Marfim e foi naturalizado português em 2018, para dizer que “por interesses clubísticos fizeram-se coisas inacreditáveis”.

Ainda assim, o atleta, atual campeão europeu, considerou que “todos têm o direito a mudar de nacionalidade”, mas criticou a rapidez do processo, concluído em novembro de 2017, meses após Pichardo ter sido anunciado como reforço do Benfica.

“Deixou-me um pouco indignado. Não só pelas madrugadas que perdi, mas também pelas pessoas que estão aqui há muitos anos a lutar pela nacionalidade e não conseguem”, acrescentou.