Sem grande aprovação popular e já sem os 'gigantes' Michael Phelps e Usain Bolt, os Jogos decorreram sem incidentes e com apenas alguns casos de covid-19 e, na sua maioria, antes do início da competição.

A norte-americana Simone Biles era indicada como uma das possíveis grandes estrelas no Japão e acabou por ser, embora fora da competição, na qual conseguiu apenas uma medalha de bronze, depois de se colocar fora de prova, por motivos mentais, que a impediam de treinar e competir em segurança.

Alguns dos grandes nomes destes Jogos saíram da piscina olímpica, com o norte-americano Caeleb Dressel a deixar Tóquio com cinco títulos, que juntou aos dois conquistados no Rio2016, embora aí tivessem sido apenas nas estafetas.

Emma McKeon fez história para a Austrália, ao tornar-se na atleta daquele país mais medalhada numa só edição dos Jogos, com quatro ouros e três bronzes, além de dois recordes olímpicos, nos 50 e 100 metros livres, juntando-se à ginasta soviética Maria Gorokhovskaya (1952) como atleta com mais medalhas numa só edição.

Na pista do Estádio Nacional de Tóquio, houve várias surpresas e alguns momentos históricos, como as vitórias da jamaicana Elaine Thompson-Herah nos 100 e 200 metros, tornando-se a primeira mulher a defender os títulos olímpicos nas duas principais disciplinas da velocidade.

Histórica foi também a presença da veterana Allyson Felix, que se tornou a norte-americana mais medalhada no atletismo, ultrapassando o icónico Carl Lewis, ao somar o 11.º 'metal' na estafeta 4x400 metros.

Na velocidade, a surpresa foi a Itália, com as medalhas de ouro de Marcell Jacobs nos 100 metros e da estafeta 4x100, com o canadiano Andre de Grasse, que sucedeu a Bolt nos 200 metros, depois da troca de sorrisos entre ambos no Rio de Janeiro.

Destaque ainda para os recordes do mundo da venezuelana Yulimar Rojas no triplo salto e do norueguês Karsten Warholm nos 400 metros barreiras, nuns Jogos marcados pela divisão do ouro no salto em altura, entre o catari Mutaz Barshim e o italiano Gianmarco Tamberi.

O surf, o skate e a escalada entraram, tal como o karaté, no programa olímpico, sendo recebidos com elogios pela forma como decorreram.

O tenista sérvio Novak Djokovic esteve perto de se tornar o primeiro tenista a conseguir completar o 'Grand Slam' na mesma temporada, mas, depois de vencer o Open da Austrália, Roland Garros e Wimbledon, acabou por ser derrotado pelo russo Daniil Medvedev na final do Open dos Estados Unidos.

O 'Golden Slam', aos quais se junta também o ouro olímpico, também esteve ao alcance de 'Nole' - eliminado nas meias-finais em Tóquio2020 pelo alemão Alexander Zverev, campeão olímpico -, que, contudo, conseguiu bater o recorde de conquistas de torneios Masters 1.000 e igualou os 20 'majors' de Roger Federer e Rafael Nadal.

No ano de despedida do italiano Valentino Rossi, nove vezes campeão do mundo, Fabio Quartararo tornou-se o primeiro francês a conquistar o Mundial de MotoGP.

Com o oitavo título mundial de ralis, o francês Sébastien Ogier ficou a apenas um cetro de igualar o recorde de campeonatos do compatriota Sébastien Loeb.

No ciclismo, o eslovaco Tadej Pogacar (UAE Emirates) repetiu, aos 22 anos, o triunfo na Volta a França, com mais de cinco minutos de avanço sobre o segundo, com o seu compatriota Primoz Roglic (Jumbo-Visma) a dominar a Vuelta e o colombiano Egan Bernal (Ineos) a triunfar no Giro.

O francês Julian Alaphilippe (Deceunick-QuickStep) bisou na conquista do Mundial, ao vencer o favoritos belgas na sua Flandres.

Ainda no desporto:

Com a época ainda por terminar, o britânico Lewis Hamilton (Mercedes), sete vezes campeão, está a ter o seu Mundial de Fórmula 1 mais complicado dos últimos anos, com o holandês Max Verstappen (Red Bull) a liderar.

Comandados pelo gregos Giannis Antetokounmpo, os Milwaukee Bucks somaram o seu segundo título na liga norte-americana de basquetebol (NBA), 50 anos depois do primeiro, ao derrotarem os Phoenix Suns na final.