Esta foi a expressão utilizada pelo recordista mundial na distância e campeão olímpico no Rio2016, depois de ter concluído o desafio INEOS 1.59, uma corrida não oficial, preparada para este efeito e cuja marca de 1:59.40,2 horas não vai ser reconhecida.
“Sinto-me bem, fazer história era o meu objetivo”, referiu o queniano, recordando o feito do britânico Roger Bannister, que, em 1954, foi o primeiro atleta a correr a milha (1,60934 metros) em menos de quatro minutos.
“Fez-se história outra vez, 65 anos depois. Roger Bannister entrou na história em 1954 e passados 63 anos comecei a tentar e não tive logo sucesso”, realçou Kipchoge, aludindo à tentativa em 06 de maio de 2017, no circuito automobilístico de Monza, quando falhou o objetivo por 26 segundos.
O queniano, de 34 anos, vencedor de 10 maratonas, entre as quais de Chicago, Londres e Berlim, disse esperar ser apenas o primeiro a alcançar este registo.
“Sou o homem mais feliz do mundo, por ter conseguido correr em menos de duas horas e poder inspirar muitas pessoas, para dizer que o ser humano não tem limites. Espero que haja mais atletas a conseguir baixar das duas horas a partir de hoje”, rematou.
A marca alcançada hoje não será homologada pela Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), por vários motivos, entre os quais o de Kipchoge ter corrido sozinho, atrás de um carro “corta-vento” e marcador de tempo [pacer] e constantemente “escoltado” por 41 atletas de topo, que cumpriram a missão de “lebres” por turnos.
Kipchoge cumpriu quatro vezes um circuito plano de 9,9 quilómetros a um ritmo constante de dois minutos e 50 segundos por quilómetro, ou seja, a uma velocidade de 21 quilómetros por hora.
Além de simbólico, o desafio INEOS 1.59, patrocinado pelo gigante da petroquímica liderado britânico Jim Ratcliffe, foi também um enorme evento mediático.
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