Muitos nunca ouviram falar em Omar Berrada. Tem 46 anos, nasceu em Paris e é filho de pais marroquinos. E é ele o principal responsável pelo tsunami que assolou o Sporting nas últimas horas. O CEO do Manchester United há muito sonhava com Amorim em Old Trafford e quando Ten Hag foi despedido, esta semana, não deixou passar a oportunidade.
O trajeto de Omar Berrada é curioso. Nasceu em Paris, mas acabou por crescer no Estados Unidos, tendo decidido aos 18 anos rumar a Barcelona, para continuar os estudos. Em Espanha, aliás, foi o país onde mais tempo permaneceu, tendo entrado no mundo do futebol no Barcelona, concretamente no marketing.
Foi aí que conheceu Pep Guardiola, de quem ficou amigo e com quem viria a trabalhar mais diretamente no Manchester City, os grandes rivais do Manchester United. Ali permaneceu durante mais de uma década, até que em janeiro recebeu e aceitou um convite dos red devils, ele que era visto como o natural sucessor de Soriano nos citizens.
O desafio de colocar o Manchester United de novo na ribalta do futebol mundial foi mais desafiante do que ficar na zona de conforto. E nem os muitos convites que teve da NFL, o futebol americano, fez com que Berrada decidisse não permanecer no universo do desporto rei.
Rúben Amorim há muito que o tinha seduzido, tendo estado mesmo em cima da mesa o seu nome para suceder a Pep Guardiola no Manchester City. Berrada não ficou o tempo suficiente para poder cumprir o sonho de trabalhar com Amorim, mas agora está a fazer de tudo para fazê-lo em Old Trafford.
Após o despedimento de Ten Hag, Omar Berrada pegou no jato da INEOS, a dona dos red devils, e rumou para Lisboa, onde está há dois dias, sabe o SAPO24.
Nas primeiras conversas com a encore de Rúben Amorim conseguiu convencer o treinador português. Fez saber que era com ele que queria trabalhar nos próximos anos para reabilitar um gigante adormecido. E o técnico não conseguiu dizer que não.
Agora o trabalho de Berrada será chegar a um entendimento total com o Sporting e Frederico Varandas. Mais difícil, mas a vontade de trabalhar com Rúben Amorim poderá fazer com que o franco-marroquino chegue às pretensões de Francisco Varandas: vender o treinador por uma verba próxima dos 20 milhões de euros.
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