A quatro dias da 29.ª edição dos Jogos Olímpicos de Verão se despedir de Paris, Portugal aposta todas as suas fichas nos atletas ainda em competição, como são exemplo Fernando Pimenta e Pedro Pichardo.

Para a comitiva lusa, a participação nas olimpíadas na capital francesa esperava-se histórica, em termos de resultados e medalhas, depois da anterior prestação em Tóquio.

Além do canoísta e do especialista de triplo salto, a esperança na conquista de medalhas estava depositada, sobretudo, em Catarina Costa, a judoca que se classificou em 9.º lugar na categoria -48kg, Ana Cabecinha, a atleta que garantiu o 43.º posto na prova de marcha feminina, e Maria Inês Barros, a primeira portuguesa a participar na prova de fosso olímpico e a conquistar um diploma na modalidade, ao conseguir o 8.º lugar.

Já nesta quarta-feira, Fernando Pimenta qualificou-se para as meias-finais de K1 1000m, que serão disputadas no sábado às 11 horas locais (10 horas em Portugal), e Teresa Portela garantiu um lugar nas meias-finais de K1 500m, agendadas também para sábado às 10h50 de Paris (9h50 em Portugal). Por sua vez, Pedro Pichardo entra em cena no final do dia de hoje, mas não é o único. Num outro grupo, Tiago Pereira luta pela conquista do melhor lugar na qualificação do triplo salto.

Portugal já garantiu seis diplomas olímpicos, mas apenas conquistou uma medalha, a de bronze, através da judoca, Patrícia Sampaio que, a 1 de agosto, venceu ao bater a japonesa, Rika Takayama, com um duplo waza-ari na categoria -78kg.

Nos Jogos Olímpicos de 2020, no Japão, por esta altura Portugal somava apenas mais um diploma olímpico e mais uma medalha. Mas isto não quer dizer que a prestação foi melhor na anterior edição dos Jogos.

A competição, que se realizou apenas um ano depois do expectável devido à pandemia da covid-19, contou com 92 atletas portugueses em 17 modalidades. Ou seja, mais 19 do que os 73 atletas em representação das cores nacionais, em 15 modalidades, neste ano. Além disso, todos os elementos, desde a organização aos calendários, são bem diferentes.

Até ao momento, com 25 participações olímpicas, Portugal conquistou 29 medalhas, sendo cinco de ouro, nove de prata e 15 de bronze. Depois de Tóquio 2020, onde o país alcançou quatro medalhas numa mesma edição, a edição de Los Angeles de 1984 e de Atenas de 2004 foram as melhores, com três medalhas alcançadas em cada.

Na “Cidade das Luzes” vão ainda mostrar a sua força alguns atletas portugueses. Angélica André, na maratona aquática de 10km, Eliana Bandeira e Jéssica Inchude, na prova de arremesso de peso feminino, e Iúri Leitão, em ciclismo de pista. Salomé Afonso, que se apurou durante o dia de ontem para as meias-finais de 1500m em atletismo, volta à pista amanhã, às 19h35 locais (18h35 em Portugal).

Consoante as prestações dos atletas lusos, poderemos assistir a mais conquistas olímpicas. Sejam quais forem os resultados, fica a certeza de que o esforço e a dedicação também orgulham uma nação.