E ao segundo dia, a bandeira de Portugal deixou de ser vista apenas nas bancadas da Kombank Arena, em Belgrado, trazida por quem apoia a comitiva lusa, para passar a ganhar um lugar de destaque no pódio.
Patrícia Mamona voou ao longo de 14 metros e 32 centímetros - a sua melhor marca esta época - para garantir uma medalha de prata no triplo salto nos Europeus de Pista Coberta, que decorrem em Belgrado.
Em conversa com o SAPO24, a atleta portuguesa mostrou um contentamento descontente, de quem gosta do sabor da prata, mas quer sempre provar o ouro.
“Fiz o meu primeiro salto a 30 centímetros da tábua de chamada, o que provavelmente me daria a vitória, e acreditei nisso até ao fim. Mas não posso deixar de estar contente por ter feito o que fiz e ter conquistado a primeira vez a medalha de prata. Andava à procura disto há muito tempo porque nunca tinha conseguido algo em pista coberta”, expressou a atleta.
Mas se neste sábado tudo pareceu ao alcance da portuguesa, é preciso não esquecer que no dia anterior a qualificação aconteceu a medo, com a atleta a ser repescada por não ter atingido a marca de qualificação direta.
“Já tinha dito que a qualificação é sempre mais difícil. No passado já fiz muitos nulos que me deixaram de fora da fase final. O importante aí é garantir a qualificação e portanto joga-se sempre pelo seguro, e depois na final é mudar o chip e dar tudo”, explicou.
Em Londres quer estar “top, top, top”
A própria reconhece que a sua “ambição não tem limites”. Ainda este sábado conquistou a prata, mas o seu pensamento já está lá à frente em agosto, em Londres, palco dos Mundiais de Atletismo onde quer estar “top, top, top”.
“Agora tenho muita motivação para continuar o bom trabalho e no verão estar top, top, top. Por mim, começava já a treinar amanhã”, atira de pronto. É ali que quer estar no meio “das melhores do mundo”.
“Essa é a próxima etapa e a mais importante de todas este ano, onde vão estar as melhores. Nunca consegui uma final a nível mundial numa prova destas, com exceção dos últimos Jogos Olímpicos. Quero repetir o que aconteceu no Rio e conseguir melhor que o sexto lugar”, refere.
E isto porque Patrícia “quer sempre melhorar e melhorar” para quando chegarem momentos grandes como este continuar a “ganhar medalhas” e “representar da melhor forma Portugal”.
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