Quando questionado se o protocolo do VAR ainda pode sofrer alterações na corrente época desportiva, o presidente da Liga admitiu esse cenário.
"O protocolo já tem várias versões. Em março será tomada uma decisão final por parte do IFAB. As pessoas percebem que este próprio protocolo é algo limitativo, portanto temos a noção que passo a passo este protocolo terá de ser mais abrangente, não só nas quatro situações objetivas em que existe, mas podendo cobrir também outras circunstâncias", frisou.
Em declarações prestadas à margem da apresentação do novo programa da SportTV, intitulado ‘Juízo Final' - que vai mostrar ao público a análise de lances com recurso às inúmeras câmaras de televisão numa transmissão e que servem de apoio ao VAR -, o líder da Liga foi mais longe no discurso e vincou a importância de conferir "mais amplitude" à tecnologia.
"A expectativa criada numa fase inicial foi muito elevada. O protocolo cingia-se a quatro situações objetivas, mas o que nós queremos é que a perceção mediática e aquilo que visualizamos nos conteúdos televisivos possa ser possibilitado a que os árbitros possam decidir em função daquilo que veem".
Perante um registo de 35 decisões revertidas pelo VAR em 21 jornadas, Pedro Proença não hesitou em fazer um "balanço positivo" da época de estreia deste sistema em Portugal e garantiu que existe "margem de progressão" para evoluir já na próxima época.
"Estamos satisfeitos, como já estávamos no início. É uma ferramenta tecnológica nova que tem aportado mais valor à competição, nomeadamente à Liga NOS. Nesse sentido, mesmo percebendo que há uma margem de melhoria do próprio sistema, porque ainda nem um ano passou relativamente ao protocolo do IFAB, o primeiro balanço é positivo", frisou.
Questionado sobre as exigências de adaptação que o VAR ainda impõe sobre árbitros, jogadores e treinadores, o presidente da Liga reconheceu que "todos, sem exceção" se devem adaptar e enalteceu o "esforço muitíssimo grande" da Federação Portuguesa de Futebol e do Conselho de Arbitragem.
"Esta é uma ferramenta que obriga a outro tipo de arbitragem. Os próprios dirigentes têm de perceber que hoje os lances não são decididos da mesma forma, pelo que há uma aprendizagem coletiva que é necessária. Tenho a plena convicção que a época 2018/19 começará com um vigor ainda maior e com uma grande vontade de fazer mais e melhor", concluiu.
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