O corredor esloveno voltou, assim, a empatar com ‘MVDP’ no número de ‘Monumentos’ — são os dois ciclistas no ativo com mais no palmarés -, protagonizando um ataque solitário de mais de três dezenas de quilómetros para cortar a meta isolado, com o tempo de 6:13.48 horas, deixando o segundo classificado, o veterano francês Romain Bardet (dsm-firmenich), a 1.39 minutos.
Vencedor da Volta a Flandres e do Paris-Roubaix esta temporada, Van der Poel não foi além do terceiro lugar, a 2.02 minutos do ciclista da UAE Emirates, equipa do português João Almeida, que acabou na 29.ª posição, a 3.52 do seu colega.
Esperava-se uma grande luta entre Pogacar e o neerlandês da Alpecin-Deceuninck pela vitória no quarto ‘Monumento’ de 2024, no entanto ‘Pogi’ demonstrou estar num extraordinário momento de forma, na antessala da estreia na Volta a Itália (4 a 26 de maio).
Na ausência do bicampeão em título, Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step), a recuperar das mazelas da queda grave sofrida na Volta ao País Basco, o favoritismo recaía quase unanimemente em ‘Pogi’, que não defraudou as expectativas: o esloveno atacou a 35 quilómetros da meta, em La Redoute — precisamente onde o belga forjou os seus triunfos nas duas edições anteriores – e não mais foi alcançado, celebrando a segunda vitória na clássica belga, depois da alcançada em 2021.
“Foi um fantástico trabalho de equipa. Não teria conseguido isto sem eles”, elogiou o esloveno, revelando que passou a jornada a tentar ser cauteloso, para concluir com êxito o plano traçado para hoje.
Esta é o sétimo triunfo da época (em 10 dias de corrida) para o esloveno de 25 anos, que arrancou logo com a vitória na Strade Bianche e venceu a geral da Volta à Catalunha, e o sexto ‘Monumento’ do palmarés: além das duas Liège-Bastogne-Liège, ganhou a Volta a Flandres (2023) e por três vezes a Volta à Lombardia (2021-2023).
Para Van der Poel fica o ‘consolo’ de ter subido pela primeira vez ao pódio nesta clássica belga, depois de ter visto as suas aspirações comprometidas a mais de 80 quilómetros da chegada, quando ficou ‘cortado’ devido a uma queda que partiu o pelotão em dois, e foi obrigado a um esforço extra para recolar no grupo da frente.
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