Portugal e Andorra jogam na quarta-feira, dia 11 de novembro, a partir das 19:45, no Estádio da Luz, em Lisboa, em jogo particular.

O sexto duelo com os andorrenhos surge na antecâmara dos derradeiros e decisivos jogos do Grupo 3 da Liga das Nações, com França, no sábado, no mesmo reduto lisboeta, e, três depois, com a visita à Croácia.

Quem vai a jogo

Face à importância dessa dupla jornada, na qual Portugal, detentor do troféu, e França vão decidir quem segue para as meias-finais da Liga das Nações, e perante o pouco tempo de preparação que terá, Fernando Santos deverá gerir os recursos à sua disposição frente a Andorra, guardando a ‘artilharia' para o embate com os gauleses.

Desta forma, é provável que jogadores como Cristiano Ronaldo, João Félix, Bernardo Silva, Bruno Fernandes ou Diogo Jota tenham menos tempo de utilização, permitindo, inclusive, que os estreantes Paulinho e Pedro Neto possam realizar os primeiros minutos pela seleção ‘AA’.

De resto, este fim de semana emergiu de Itália um eventual problema para as cores lusas, dado que o "capitão" saiu lesionado no pé direito no decorrer do jogo da Juventus com a Lazio, tendo sido mesmo assistido no banco.

Por outro lado, o selecionador poderá aproveitar para cimentar as dinâmicas da dupla de centrais, uma vez que o indiscutível Pepe vai desfalcar Portugal nos derradeiros encontros em 2020, devido a lesão, abrindo espaço para que José Fonte, Rúben Semedo ou Domingos Duarte se juntem a Rúben Dias.

Em relação à última convocatória, Fernando Santos deixou de fora Bruno Varela (Vitória de Guimarães), Sequeira (Sporting de Braga), Daniel Podence (Wolverhampton, Ing), Rafa Silva (Benfica) e André Silva (Eintracht Frankfurt, Ale).

O lateral esquerdo Mário Rui, que foi retirado da última convocatória, uma vez que foi impedido de sair de Itália devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19, volta a estar nas escolhas, tal como José Fonte, Anthony Lopes e Cristiano Ronaldo, que testaram positivo ao novo coronavírus na anterior concentração da seleção.

Portugal vs Suécia
MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

A história entre as duas seleções

A seleção portuguesa de futebol apresenta domínio absoluto nos embates com Andorra, tendo vencido os cinco duelos e sofrido apenas um golo, em vésperas de disputar o segundo particular com os andorrenhos, no Estádio da Luz.

Na preparação para os importantes jogos da fase de grupos da Liga das Nações A, com França e Croácia, Portugal vai ter pela frente, na quarta-feira, o 145.º colocado do ‘ranking' da FIFA, ao qual marcou 22 golos, dois dos quais no último encontro entre ambos, em 2017.

No caminho para o Mundial2018, os campeões europeus venceram em Andorra por 2-0, para o Grupo B de qualificação, com golos de Cristiano Ronaldo e André Silva, naquele que foi o jogo em que Portugal marcou menos golos.

De resto, na primeira ‘volta' dessa fase de grupos, a seleção nacional tinha chegado à meia dúzia (6-0) no Estádio Municipal de Aveiro, com um póquer do ‘capitão' luso, reforçado por tentos de João Cancelo e André Silva.

Ronaldo ‘repetiu' o que Nuno Gomes tinha alcançado em setembro de 2001, quando o então avançado da Fiorentina marcou quatro golos na partida de apuramento para o Mundial2002, disputada em Lérida, em Espanha, sendo que Pauleta, Rui Jorge e Sérgio Conceição aumentaram os números da goleada da equipa comandada por António Oliveira, por 7-1.

Esta foi mesmo a única vez em que Andorra conseguiu encontrar o caminho para as redes lusas em cinco jogos, cabendo a Roberto Jonás o ‘feito' de bater de o guarda-redes Ricardo.

Em fevereiro do mesmo ano, Portugal já tinha vencido por 3-0, no Funchal, com um ‘bis' de Luís Figo e um golo de Pauleta, dois jogadores que também ‘faturaram' em 1999, no primeiro duelo entre as duas seleções, um particular, que terminou com um 4-0 favorável à equipa das ‘quinas’, no qual marcaram também Rui Costa e João Vieira Pinto.

O treino da seleção nacional
EPA/MIGUEL A. LOPES

Pouca representação da Liga Portuguesa

A I Liga Portuguesa de Futebol só teve direito a dois convocados para os próximos três encontros da seleção das ‘quinas’, o número mais baixo em mais de seis anos de Fernando Santos como selecionador nacional.

O médio Sérgio Oliveira, do FC Porto, que soma apenas quatro internacionalizações ‘AA’, com 77 minutos disputados, e o estreante avançado Paulinho, do Sporting de Braga, são os representantes do principal campeonato luso.

Pela primeira vez na ‘era’ Fernando Santos, que se estreou a 11 de outubro de 2014 e é o técnico com mais jogos (76), o técnico luso não chamou qualquer jogador de Benfica ou Sporting, por opção, e não pela lesão de qualquer jogador que pretendesse chamar.

Em matéria de lesionados, falta apenas o central portista Pepe, que, aos 37 anos, é o único jogador do campeonato luso - ao qual regressou em 2018/19, após 10 épocas no Real Madrid e uma e meia no Besiktas - habitualmente titular da formação das ‘quinas’.

Nas duas anteriores convocatórias iniciais, Fernando Santos já havia batido o seu recorde de mínimo de jogadores da I Liga, ao chamar apenas quatro, primeiro para os jogos com Croácia e Sérvia, em agosto, e depois para os embates com Espanha, França e Suécia, os últimos de Portugal, em outubro.

Dessas duas eleições para a atual, ‘caiu’ Pepe, mas também o central Rúben Dias, ao trocar o Benfica pelo Manchester City, quando era há muito titular indiscutível, e o médio Danilo, contratado pelo Paris Saint-Germain ao FC Porto, que era muitas vezes escolhido para o ‘onze’ por Fernando Santos.

O agora jogador dos franceses ainda entrou como portista nas duas listas anteriores, enquanto o atual futebolista dos ingleses foi chamado como benfiquista para os embates com croatas e sérvios.

Antes, já tinham partido outros, como o médio Bruno Fernandes, que trocou o Sporting, no qual ainda jogou dois anos e meio, pelo Manchester United, já depois de se impor na equipa titular de Portugal.

Um outro ‘fenómeno’ que explica esta situação é a saída cada vez mais prematura dos jovens valores lusos, como aconteceu com Bernardo Silva, Renato Sanches, João Félix e, mais recentemente, Trincão, que trocou o Sporting de Braga pelo FC Barcelona.

O veterano Pepe é, agora, o único habitual titular da seleção lusa com o ‘selo’ da I Liga portuguesa, cujas equipas têm vários titulares de seleções, mas de outras latitudes.

O Benfica tem titulares de várias seleções poderosas, como Brasil (Everton), Argentina (Otamendi), Bélgica (Vertonghen) e Suíça (Seferovic), e convocados com assiduidade para outros, casos de Alemanha (Waldschmidt) e Uruguai (Darwin Núñez).

Por seu lado, o FC Porto conta com ‘craques’ de outras locais, com a Colômbia (Uribe e Luis Díaz) ou o México (Corona), e o Sporting entra habitualmente nas convocatórias de Uruguai (Coates), Colômbia (Borja) ou Equador (Gonzalo Plata).

Paulinho foi pela primeira vez chamado à Seleção Nacional
HUGO DELGADO/LUSA

Ronaldo a um passo da 100ª vitória

O capitão Cristiano Ronaldo pode selar na quarta-feira, frente a Andorra, na Luz, a 100.ª vitória ao serviço da seleção portuguesa de futebol, mais de 17 anos depois da estreia, com um triunfo por 1-0 face ao Cazaquistão.

Após ter falhado este número ‘redondo’ na receção à Espanha (0-0), em França (0-0) e perante a Suécia (3-0), que não defrontou por ter acusado positivo à covid-19, Ronaldo pode conseguir mais um registo ímpar na formação das ‘quinas’, no que será a sua 168.ª internacionalização ‘AA’.

Caso seja utilizado face a Andorra, o atual jogador da Juventus poderá chegar aos 100 triunfos, num percurso que começou na estreia, a 20 de agosto de 2003, em Chaves, com uma vitória por 1-0 face ao Cazaquistão.

Poucos dias depois de assinar pelo Manchester United, após uma grande exibição na última vez que vestiu a camisola do Sporting, na inauguração do novo Estádio José Alvalade, Ronaldo então com 18 anos, foi chamado por Luiz Felipe Scolari.

O brasileiro acabou por lançá-lo ao intervalo, para o lugar do então ‘merengue’ Luís Figo, e o ‘miúdo’ estreou-se a ganhar, graças a um golo aos ‘trambolhões’, apontado aos 60 minutos, por Simão Sabrosa, também lançado para a segunda parte.

Foi o primeiro de, até agora, 99 triunfos de Ronaldo ao serviço da seleção portuguesa de futebol, muitos dos quais decididos com os seus golos, que já são mais do que as vitórias, num total de 101, os dois últimos na Suécia (2-0), a 08 de setembro.

Cristiano Ronaldo pode alcançar a 100ª vitória de "quinas" ao peito
EPA/MARIO CRUZ

O Luxemburgo é, de forma destacada, o país face ao qual Cristiano Ronaldo colecionou mais vitórias, entre 2004 e 2019, num total de oito, quatro em casa, três fora e uma em campo neutro, com golos em cinco dos jogos, incluindo nos últimos quatro.

Na lista de países que o capitão mais vezes derrotou segue um quinteto, todos batidos em quatro ocasiões, entre eles os Países Baixos, com a curiosidade de todos os encontros terem acontecido em fases finais.

Cristiano Ronaldo bateu os holandeses nas meias-finais do Europeu de 2004, em Alvalade (2-1), nos ‘oitavos’ do Mundial de 2016, na ‘batalha’ de Nuremberga (1-0), na fase de grupos do Euro de 2012, em Kharkiv (2-1), onde ‘bisou’, e na final da Liga das Nações de 2019, no Dragão (1-0).

Rússia, Dinamarca, Hungria e Letónia completam os países que o internacional luso derrotou por quatro vezes, numa tabela em que se seguem Croácia, Suécia, Lituânia, Arménia, Cazaquistão, Azerbaijão e Estónia, seleções batidas por três vezes.

A lista também inclui seleções campeões do Mundo, não se incluindo Alemanha, Itália, Inglaterra e Uruguai, mas sim Espanha (dois triunfos), Brasil (um), Argentina (um) e França (um).

No total, Ronaldo bateu 53 diferentes países, 35 da Europa (UEFA), nove de África (CAF), quatro da Ásia (AFC), dois da América do Sul (CONMEBOL), dois da América do Norte, Central e Caraíbas (CONCACAF) e um da Oceânia (OFC).

A maioria das vitórias aconteceu em casa (46) - contra 30 em campo neutro e 23 fora - e enquanto representava o Real Madrid (54), contra 37 ao serviço do Manchester United e oito pela Juventus, na qual alinha desde 2018/19.

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