Começando por algumas curiosidades na tabela, constatamos que os primeiros sete classificados da liga têm uma diferença de golos positiva, sendo que todos os restantes acabaram com uma diferença negativa. Tottenham com +60 e Hull City -43 encontram-se nos extremos.
Na tabela classificativa ‘caseira’ o Tottenham lidera com 53 pontos, sendo que o campeão Chelsea fica na segunda posição com 51 pontos. Já fora de casa o Chelsea está no topo da tabela. Com 42 pontos conquistados fora de portas, mais 4 que o Manchester City, os Blues acabam por ser o clube mais consistente da liga.
O Tottenham foi o único clube a não perder em casa esta época. Uma excelente estatística, ainda para mais se tivermos em conta que este foi o último ano a jogar no estádio White Hart Lane. Melhor despedida, só mesmo juntando o título de campeão a esse feito.
O Manchester United de José Mourinho, ainda que com apenas mais uma derrota que o primeiro classificado, cinco contra quatro do Chelsea, acabou a liga com quinze empates! O número é muito negativo, não só são cinco vezes mais empates que o campeão Chelsea, como é o clube com o maior número de empates de toda a tabela.
Leicester, Burnley, Bournemouth, West Bromwich Albion, Hull City e Swansea City é a lista de clubes com o mesmo ou maior número de golos marcados em casa que o Manchester United. Se tivermos em conta o número de vitórias caseiras dos Red Devils, a essa lista teríamos que adicionar o Watford.
A diferença entre o sétimo classificado (Everton) e o oitavo (Southampton) é de quinze pontos! Uma diferença enorme, principalmente tendo em conta que a diferença do oitavo para o último clube a ser despromovido, Hull City, é de apenas doze pontos. Já a diferença entre o Southampton (8º) e Watford (17º) é de apenas seis pontos. Exatamente a mesma diferença entre Chelsea e Tottenham, primeiro e segundo classificados, respetivamente.
Destaques nas estatísticas
Harry Kane acaba a época como melhor marcador. Com um total de 29 golos o ponta-de-lança do Tottenham terminou a liga com mais golos que toda a equipa do Middlesbrough.
Alexis Sanchez termina a temporada como o único jogador com dígitos duplos quer em golos (24), quer em assistências (10).
César Azpilicueta (Chelsea), Steve Cook (Bournemouth), Fraser Forster (Southampton), Ben Foster (WBA) e Ben Gibson (Middlebrough) são os cinco e únicos jogadores a cumprirem todos os minutos da liga. Três mil quatrocentos e vinte, para ser mais preciso.
Salomon Rondon foi o primeiro jogador, desde 1997, a marcar um hat-trick onde os três golos foram marcados de cabeça. O feito foi alcançado aquando da vitória do WBA por três bolas a uma sobre o Swansea. O último a jogador a conseguir tal feito foi Duncan Ferguson, na altura ao serviço do Everton.
O Chelsea foi o único clube a utilizar as 3 substituições a que tem direito em todos os jogos da liga, sendo que muitas delas serviram para fazer passar algum tempo, devido a resultados com diferença mínima, já nos últimos minutos das partidas. O Chelsea bateu ainda o record de jogos ganhos numa edição da Premier League. Trinta foi o número de vitórias alcançado pelos homens de Conte.
Depois de uma época fantástica, o Tottenham acaba a liga com 86 pontos e uma diferença de golos de +60. Não só os 86 pontos lhe teriam dado a vitória na Liga do ano passado, como se torna no único clube com um saldo de golos +60 a não ficar em primeiro.
O que têm Chelsea, Tottenham, Liverpool, West Bromwich Albion, Crystal Palace, Swansea em comum? Todos eles acabaram a liga sem ter visto nenhum jogador expulso.
O Manchester United e o Tottenham foram os clubes com maior número de jogos sem sofrer golos: dezassete, no total.
E para terminar, a estatística que mais tinta fez correr durante o último terço da época. O Arsenal ficou abaixo do quarto lugar pela primeira vez desde a época de 1995/96.
A faltar apenas a final da Taça de Inglaterra (FA Cup), a disputar-se amanhã, dia 27, entre Arsenal e Chelsea, a época está praticamente arrumada. Tendo esta sido a mais antecipada edição da Premier League de sempre, depois de um verão recheado de emoção, quer na contratação de jogadores, quer na de treinadores, a emoção acabou por se resumir a dois clubes.
Esperando que uma ano tenha sido suficiente quer para Guardiola, quer para Mourinho, organizarem os seus sistemas e fazerem agora as alterações necessárias, espera-se, mais uma vez, que para o ano a Premier League seja então mais competitiva e com pelo menos quatro clubes a lutar pelo título até ao final.
Pedro Carreira é um jovem treinador de futebol que escolheu a terra de sua majestade, Sir. Bobby Robson, para desenvolver as suas qualidades como treinador. Tendo feito toda a sua formação em Inglaterra e tendo passado por clubes como o MK Dons e o Luton Town, o seu sonho é um dia poder vir a treinar na melhor liga do mundo, a Premier League. Até lá, pode sempre acompanhar as suas crónicas, todas as sextas, aqui, no SAPO 24.
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