“Houve total disponibilidade e solidariedade absoluta. Disponibilidade para nos apoiar em qualquer ação que entendamos efetuar, registado positivamente o comportamento dos jogadores. Foi manifestado aos capitães de equipa solidariedade pessoal”, disse, no final de uma reunião com o secretário de Estado da Juventude e Desporto (SEJD), João Paulo Rebelo.
Nos últimos dias, o dirigente da SJPF e um conjunto de capitães de equipas da I e II Liga mantiveram encontros na Liga Portuguesa, Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e secretaria de Estado da Juventude e Desporto para analisar os casos de suspeição levantada sobre a conduta profissional dos jogadores.
“Estamos satisfeitos porque sentimos por parte da família do futebol, do governo do futebol preocupação com aquilo que os jogadores estão a passar. E isso reforça também o nosso papel enquanto agentes desportivos e protagonistas desta atividade que é o futebol”, afirmou.
O dirigente adiantou ainda que no final da época, entre o último jogo do campeonato e o jogo da Taça de Portugal, deverá ocorrer uma reunião com “vários capitães de equipa” para discutir medidas analisadas nas três reuniões.
“As medidas são de caráter educativo e preventivo, nomeadamente campanhas que valorizem os jogadores e passem uma mensagem junto dos mais jovens e adeptos que exigem esse respeito. Estamos a pensar na forma como os jogadores podem ser ativos naquilo que exigem. É uma campanha que depende dos próprios, que não vai contra os clubes ou ninguém. É uma campanha semelhante ao que faz a UEFA”, especificou, sublinhando a importância de uma “dinâmica educativa e cultural” para contrariar o atual clima.
Joaquim Evangelista referiu ainda a necessidade de medidas que, “do ponto de vista regulamentar”, possam sancionar “comportamentos contra os jogadores” por parte “daqueles que têm responsabilidade no futebol”.
No final da última de uma ronda de reuniões, Gonçalo Brandão, capitão do Estoril Praia, saudou o apoio recebido e defendeu a necessidade de encontrar medidas para contrariar a atual situação.
“Dantes os grandes jogos eram uma montra e uma motivação. Hoje em dia há muitos jogadores que têm medo de jogar esse jogo (...) com medo de errar e de o seu erro não ser julgado como um mau gesto técnico, mas com outros fins”, comentou.
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