"Lamento que o meu sonho vos tenha arrastado para as notícias e lamento que tenham de ler tudo o que foi escrito, em notícias ou em comentários negativos e, por vezes, agressivos. Eu continuo a ter o sonho do desporto e do futebol como oportunidade para jovens ou para todos aqueles que são tão apaixonados como eu", é assim que começa a longa mensagem de Fábio Lopes na sua conta do Instagram.
O locutor de rádio, conhecido por "Conguito", defende que o Villa Athletic Club "nunca foi um negócio, mas foi o negócio do futebol que o destruiu", diz, fazendo referência às dificuldades financeiras que o novo clube atravessa.
A vontade de criar uma "oportunidade para jovens" ou para todos "os apaixonados" pelo futebol, levou Fábio Lopes a fundar o Villa Athletic Club. Um "sonho" que reconhece agora ter-se tornado num "pesadelo".
"É muito mais difícil do que imaginei", reconhece o fundador, que alega que lhe tentaram roubar a ideia.
"Começámos do 0 e eu acreditei que estávamos a tempo de encontrar uma solução financeira para um orçamento que triplicou à frente dos meus olhos porque fui ingénuo e confiei demasiado. E foi aí que algumas pessoas em quem confiávamos tentaram apoderar-se do clube, projeto e da ideia".
Sob a direção de Conguito, o Villa estabeleceu-se em Ponte de Sor para jogar no campeonato distrital de Portalegre, no entanto, os jogadores treinavam em Lisboa.
O clube, criado há quatro meses, foi acumulando dívidas mas isso não terá impedindo o fundador em levar avante o seu sonho.
De acordo com a mensagem publicada no Instagram, Fábio Lopes "fez questão de chamar os melhores". Meyong, ex-jogador do Vitória de Setúbal, é dado como o treinador da equipa. Edinho e André Carvalhas, jogadores com experiência no futebol português, faziam parte do plantel. Edinho foi uma das vozes que se insurgiu contra o presidente.
“Ainda estou para saber quem és, Conguito. Principalmente como é possível fazeres o que estás a fazer a 24 jogadores. Quero ver qual será a tua desculpa agora. Há gente à espera do pagamento dos salários em atraso!”, escreveu o jogador de 38 anos.
De recordar que Fábio Lopes já tinha enviado um comunicado à agência Lusa através da sua assessoria.
“Humildemente, reconheço que estão a ser dias muito difíceis”, afirma, admitindo que “os investimentos iniciais previstos não se concretizaram” e o clube está agora a “ter algumas dificuldades ao nível de patrocínios diretos com marcas”. “Somos uma equipa pequena, mas dedicada inteiramente ao Villa Athletic Club e a encontrar todas as soluções de viabilização deste projeto”, sublinhou, assumindo a confiança de que a sua equipa “tudo fará para chegar a uma solução rapidamente”.
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