“O que não é ‘fair-play’ é a perseguição política [contra Djokovic] em que todos participam, a começar pelo Primeiro-Ministro da Austrália, pretendendo que as regras são iguais para todos”, disse Vucic, em declarações à comunicação social.
Vucic sublinha que as autoridades sérvias “estão a fazer o possível” para ajudar Djokovic, esclarecendo que Belgrado contactou por duas vezes o embaixador da Austrália na Sérvia e que a Primeira-Ministra Ana Brnabic deverá encontrar-se com um alto responsável do ministério australiano da Imigração e Fronteiras.
Belgrado vai pedir às autoridades australianas que Djojovic fique alojado na casa que alugou para o período do Open da Austrália e não no hotel que serve de centro de retenção, onde está atualmente – uma situação que Vucic qualificou de “infame no sentido próprio do termo”.
“Temo que esta espécie de obstinação política contra Novak vá prosseguir, porque quando não podes vencer alguém então viras-te para este tipo de coisas”, disse ainda o presidente sérvio.
Djokovic, que não está vacinado contra a Covid-19, chegou ao aeroporto da cidade de Melbourne na quarta-feira à noite com uma isenção médica que lhe permitiria defender o seu título no Open da Austrália, mas os funcionários de controlo fronteiriço revogaram o seu visto quando o tenista não conseguiu justificar a autorização e detiveram-no durante várias horas.
O número um do ténis mundial não será deportado até segunda-feira, dia da decisão do tribunal, estando a cumprir quarentena num hotel em Melbourne.
O tenista, que é a voz mais proeminente do desporto contra a vacinação, já se tinha pronunciado em abril de 2020 contra a vacinação obrigatória, que então fora anunciada para permitir que os torneios fossem retomados.
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