Após um campeonato em que os vimaranenses foram sétimos classificados, com 43 pontos, o extremo de 37 anos realçou é preciso “trabalhar” para melhorar a prestação de 2020/21, a sua primeira temporada ao serviço do emblema minhoto, e ‘carimbar’ o regresso às provas organizadas pela UEFA.
“Mal era se a gente não pensasse nas competições europeias. A época passada correu mal e não alcançámos aquilo que queríamos. Neste ano temos de alcançar”, disse aos jornalistas, antes de mais um treino matinal no estágio de pré-época que decorre em Tróia, localidade do concelho de Grândola, no distrito de Setúbal.
Para o atleta que soma 10 golos em 80 internacionalizações pela seleção portuguesa, o clube nortenho deve pensar “sempre em fazer bons campeonatos”, algo que, a seu ver, é possível na próxima época, até pelos primeiros dias de trabalho com Pepa, o treinador contratado para 2021/22.
“Já o conhecia como jogador, mas não tinha tido oportunidade de o conhecer como pessoa. Estou a conhecer agora e sinceramente estou a adorar. É uma pessoa que sabe lidar com os jogadores, sabe incutir aquilo que pretende para a época. Penso que vamos fazer uma grande época”, vincou.
Quaresma termina contrato com os vimaranenses em junho de 2022, mas disse estar “feliz” no atual clube, após questionado sobre a possibilidade de sair no final da época ou sobre os rumores do interesse de um clube russo, o Krylya Sovetov, em contratá-lo já neste defeso.
“Da minha boca nunca me ouviram dizer que estava insatisfeito, que estava triste ou não estava contente por estar no Vitória. Quando eu sentir isso, sou o primeiro a falar com o presidente e com o treinador e saio pelo meu pé. Enquanto me sentir feliz no meu clube darei tudo o que tenho”, frisou.
O atacante lembrou ter prometido que iria “acabar” a carreira no Vitória de Guimarães, sem especificar a época, e mostrou-se para já mais preocupado em “ganhar forma física” e em ajudar os minhotos a alcançarem os “objetivos”.
Campeão de Portugal pelo Sporting e pelo FC Porto, campeão da Turquia pelo Besiktas e campeão de Itália pelo Inter de Milão, emblema pelo qual também venceu a Liga dos Campeões, em 2009/10, Quaresma enalteceu ainda a “competitividade” para as alas, com Marcus Edwards, Rochinha e Rúben Lameiras.
“Se não tiveres colegas à tua altura, até tu relaxas e no futebol não podes relaxar. Tens de estar sempre ativo, sempre com o olho bem aberto, porque sabes que se facilitares tens um colega atrás de ti com muita qualidade e com muita motivação para agarrar o lugar. Motiva-me ainda mais e desperta-me ainda mais para poder agarrar o lugar”, explicou.
A propósito dos rumores da saída de Marcus Edwards para o Sporting, o jogador afirmou que o inglês, de 22 anos, é um “craque”, com “qualidade e talento incríveis”, mas também um atleta “reservado”.
Confrontado com os elogios de que foi alvo pelos médios Gui e Tomás Händel, dois dos jovens recrutados às equipas B e sub-23, Quaresma lembrou que também gostou de “ser recebido” pelos jogadores mais velhos do Sporting, quando iniciou a carreira de sénior, em 2001/02.
“Fico orgulhoso. É isso que tento fazer: ajudá-los a crescer como jogadores e como homens. Para mim é um orgulho ouvir elogios dos meus colegas, que são jovens com muita qualidade e muita vontade de triunfar no clube do coração deles”, disse.
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