Kipchoge, recordista mundial e com uma carreira recheada de sucessos em grandes provas, inicialmente em pista, destacou-se do grupo da frente pouco depois dos 32 quilómetros, para não mais ser alcançado e triunfar em 2:08.32 horas.
O queniano deixou a mais de um minuto e vinte segundos o surpreendente neerlandês Abdi Nageye (2:09.58) e o belga Bashir Abdi (2:10.00), que conquistaram a medalha de prata e de bronze, respetivamente, a maior diferença para o segundo classificado desde 1972, quando o norte-americano Frank Shorter venceu.
Aos 36 anos, Kipchoge consegue a sempre difícil missão de defender o título nos Jogos, ainda para mais numa ‘olimpíada atípica’ de cinco anos, devido à pandemia de covid-19, que levou ao adiamento da competição, inicialmente prevista para 2020, em Tóquio.
A decisão da corrida fez-se no tradicional ‘muro da maratona’, entre os 30 e os 35 quilómetros, quando ninguém teve capacidade de seguir o andamento de Kipchoge, sempre em crescendo até ao final.
Esta é a terceira vez apenas que o campeão da maratona consegue ‘segurar’ a coroa olímpica, depois do etíope Abebe Bikila (1960 e 1964) e do alemão oriental Waldemar Cierpinski (1976 e 1980).
Nageye e Abdi foram as surpresas para o pódio, conseguindo derrotar na aproximação à meta o segundo dos quenianos, Lawrence Cherono.
Entre os grandes derrotados estiveram o etíope Shura Kitata, que bateu Kipchoge na maratona de Londres no ano passado, e o norte-americano Gallen Rupp, bronze há cinco anos e agora apenas oitavo.
Especialmente ‘para esquecer’, entre os candidatos a medalhas, foi a prestação global da Etiópia, com todos os seus corredores a desistirem no circuito urbano de Sapporo, cerca de 800 km a norte de Tóquio.
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