O relatório da KPMG Football Benchmark usa cinco métricas especificamente direcionadas para o futebol para extrapolar o valor empresarial - rentabilidade, popularidade, potencial desportivo, direitos de transmissão e propriedade do estádio.
O Real Madrid passou a barreira dos 3 mil milhões de euros (3,34 mil milhões de dólares) pela primeira vez, principalmente devido aos significativos prémios monetários obtidos por ter vencido três títulos consecutivos da Liga dos Campeões. O clube também sentiu um crescimento de 29% da receita operacional nos últimos quatro anos.
Mas apesar de ter tomado o topo da lista, o valor de mercado do Real é, na verdade, inferior à marca do gigante inglês em 2018. O valor do Manchester United desceu em 48 milhões de euros (55,5 milhões de dólares) desde o ano passado.
Ao atingir o primeiro lugar no relatório da KMPG, o Real Madrid já superou três rankings económicos em 2019. Os Blancos chegaram ao topo dos rankings de valor da Deloitte Football Money League e da Brand Finance.
Os clubes ingleses dominam o top 10 do relatório da Football Benchmark, principalmente devido às receitas televisivas superiores da Premier League, sendo que o United, o Manchester City, o Chelsea, o Liverpool, o Arsenal e o Tottenham estão todos presentes.
Barcelona, Bayern de Munique e Juventus completam o resto do top 10, tendo os catalães assistido a um decréscimo de 4% do seu valor empresarial desde 2018.
As receitas televisivas inglesas também significam que até clubes relativamente menores da Premier League como o Leicester e o West Ham, posicionados em 16º e 17º lugar, respetivamente, estão à frente dos semifinalistas da Champions Ajax (27º) e dos por sete vezes campeões europeus AC Milan (19º).
Os campeões escoceses Celtic e o clube da primeira divisão espanhola Villarreal são ambos estreantes no top 32, substituindo os gigantes turcos Fenerbahçe e os espanhóis do Valência. A presença do Celtic faz que com que o número de países representados na lista suba para nove.
Os italianos do Inter Milão obtiveram o maior aumento anual com uns enormes 41%, enquanto que os finalistas da Liga dos Campeões Liverpool e Tottenham registaram acréscimos de 33% e 31%, respetivamente.
O Tottenham registou também o segundo maior crescimento global do valor empresarial ao longo de um período de três anos, desde 2016, com 110%, tendo os franceses do Lyon obtido um enorme aumento de 150% durante o mesmo intervalo de tempo. O Barcelona é a única equipa no top 32 a registar um decréscimo do seu valor empresarial ao longo dos últimos três anos (menos 3%).
Andrea Sartori, Chefe Global para o Desporto da KPMG, disse que “pelo terceiro ano consecutivo, o valor empresarial global dos 32 mais proeminentes clubes europeus de futebol subiu em 9%.
“Esta taxa de crescimento contrasta com a tendência global das principais bolsas de valores europeias, principalmente o STOXX Europe 50 Index1, mostrando um decréscimo anual de 13% e demonstrando um ritmo diferente ao qual a indústria do futebol está a evoluir.
“A transição dos grandes clubes para empresas de media e entretenimento, com exposição global de marca, ajuda também a criar fluxos de caixa mais estáveis e previsíveis, e consequentemente a dar melhores garantias a investidores e financiadores.
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