Aos 36 anos, Ricardinho entrou em campo para defrontar a Bélgica acompanhado pelos filhos e dizer adeus à equipa das ‘quinas’, perante um pavilhão esgotado em Gondomar, o local onde tudo começou.
“Tinha dois 'títulos' por conquistar: entrar com os meus filhos e ir aos Jogos Olímpicos. Uma delas consegui e outra não, como atleta. Agora, como embaixador de futsal na Federação Portuguesa de Futebol vamos tentar de tudo para conseguir o campeonato mundial de futsal feminino, que é o mais importante, e a partir daí, já que não consegui como atleta, lutar com as forças todas de fora para que o presente e o futuro da seleção chegue aos Jogos Olímpicos e colocar a modalidade no patamar que merece”, afirmou no final da partida.
O jogador, que somou 188 internacionalizações e 142 golos apontados, clarificou que, apesar de deixar a seleção, ainda pensa jogar “mais um ou dois anos”, e lembrou o “ciclo bonito” que cumpriu com Portugal, conquistando o Mundial e o Europeu.
“Nunca queremos, nem estamos preparados para o último jogo e a parte mais difícil é escolher o momento para um ponto final. A minha grande aventura com a seleção começou aqui em Gondomar, lembro-me de no primeiro jogo o pavilhão estar cheio como hoje, com as pessoas da minha terra”, defendeu.
A derrota na despedida no particular frente à Bélgica, por 3-2, não retirou qualquer brilho à despedida, num dia em que “era tudo importante menos o resultado”.
Ricardinho, seis vezes considerado melhor jogador do mundo, garantiu que não pretende seguir a carreira de treinador depois de abandonar a quadra e mostrou-se orgulhoso por ser um exemplo para os mais jovens.
“O que senti foi gratidão por tudo o que fizeram, fizeram de mim um homem, um atleta de elite, dei tudo o que poderia dar pela seleção e pelo país, deixei um legado para que os jovens acreditem que também podem chegar lá. Foi a despedida perfeita no momento perfeito”, concluiu.
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