O jornal britânico considera que a rivalidade entre os dois jogadores, que será coroada como a “maior batalha no futebol de todos os tempos”, foi um motor determinante na máquina de 'marketing' global que o futebol se tornou, atraindo milhões de novos fãs, em particular na Ásia, abrindo o caminho a contratos bilionários de direitos de transmissão e patrocínios.
“A rivalidade intensa entre as superestrelas argentina e portuguesa tomou conta da liga espanhola, Liga dos Campeões e Campeonato do Mundo – e em inúmeros jogos de consola em todo o planeta”, escreve o jornal, sublinhando que em nove dos últimos dez anos um dos dois foi considerado o melhor jogador do mundo.
O atual ministro brasileiro da Justiça, Sérgio Moro, faz igualmente parte da lista. A partir das suas funções enquanto juiz numa cidade provincial, Moro liderou uma investigação anti-corrupção que dinamitou o “establishment” político da América Latina, e levou à detenção do ex-Presidente brasileiro Lula da Silva, assim como implicou quatro antigos presidentes do Peru.
O FT assinala que a ascensão no ano passado de Sérgio Moro a ministro da Justiça no Governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro criou dúvidas sobre a sua independência enquanto juiz, mas coloca-o em muito boa posição para chegar à presidência brasileira.
A segunda década do século XXI começou com medidas de austeridade de reação à crise financeira global eclodida no final da primeira década e acaba com a emergência de governos populistas e de regimes liberais em todo o mundo, assinala a publicação.
A lista das 50 Personalidades da Década eleitas pelo FT reflete estes desenvolvimentos e nela constam vários políticos populistas, apoiados por poderosos executivos da banca e indústria, determinantes no novo xadrez mundial.
Entre estes pontuam Nigel Farage, líder do partido da Independência do Reino Unido, que para o FT é o principal responsável pela decisão do Reino Unido abandonar a União Europeia, ou os irmãos bilionários Charles e David Koch, donos de um império industrial no Kansas, que usaram a fortuna para lançar uma revolução na extrema-direita nos Estados Unidos, criando as fundações para a ascensão de Donald Trump ao poder em 2016.
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