“O que queremos é ganhar mais um jogo, não vamos para lá festejar nada. Vamos para jogar a sério e aproveitar para ver coisas. Com isto não é inventar e desvalorizar o jogo, mas queremos aproveitar todos os minutos que temos para crescer. Não vamos lá com o cabelo pintado, vamos lá para vencer”, afiançou, em conferência de imprensa.
Depois do título, arrebatado na receção ao Boavista (1-0), 19 anos depois do último troféu, Rúben Amorim assegurou que o Sporting precisa agora de “ver soluções e preparar o próximo ano”, tendo ainda o objetivo de terminar o campeonato invicto.
“Já passou a festa, agora queremos mais e temos de continuar a construir o futuro. Ganhámos o título nacional, demos passos importantes, mas ainda há passos para dar. Foi uma grande festa, o clube é realmente enorme, mas queremos mais”, realçou.
Os jogadores regressaram aos treinos “muito contentes, mas sem grande euforia”, com noção da importância de um dérbi: “Eles sabem que as limitações ainda estão lá. Não é por ganhar um título que está tudo bem. Queremos ainda mais ganhar”.
“Há menos pressão em termos de resultado, mas o Sporting tem sempre de entrar para vencer. No ano passado, estávamos a lutar por um objetivo e o Benfica não, mas perdemos com um golo aos 88 minutos muito festejado pelo Benfica. Vamos tentar retribuir da mesma moeda”, recordou, pretendendo construir um ‘leão’ competitivo.
Rúben Amorim lembrou que já garantiram um título “que ninguém pensava” e, apenas por isso, já entraram “na história do Sporting”, preferindo “afastar o ego” da busca do recorde de invencibilidade para “preparar o futuro, que é ser competitivo todos os anos”, pois ainda há “um atraso em relação aos rivais e um título não muda isso”.
Em relação à recusa do Benfica em fazer uma guarda de honra aos campeões, Rúben Amorim considerou que “não é uma tradição em Portugal” e “toda a gente assinalou o título como justo”, o que é “o mais importante”, tendo explicado ainda que Jorge Jesus enviou uma mensagem ao presidente Frederico Varandas a congratular o Sporting.
“Ao contrário do que pensam, não tinha uma relação tão próxima com o ‘mister’ Jesus. Trabalhei com ele [no Belenenses e no Benfica], mas nunca fomos de trocar mensagens. O ‘mister’ mandou ao presidente, portanto mandou a todos nós”, contou.
Instado a escolher entre os títulos no Benfica, como jogador, e este no Sporting, Rúben Amorim ressalvou que “são títulos diferentes” e que “não há comparação”, mas que, “por ser treinador, por ser o primeiro e por ser com 19 anos de diferença, foi um título com muito significado”, tendo “um sabor diferente” e com “mais responsabilidade”.
O já campeão Sporting, ainda invicto, com 82 pontos, visita no sábado o Benfica, terceiro classificado, com 70, em jogo da 33.ª e penúltima ronda da I Liga de futebol, às 18:00, no Estádio da Luz, com arbitragem de Tiago Martins, da associação de Lisboa.
Comentários