Os dois internacionais lusos jogaram os 90 minutos, com Rúben Dias imperial na defesa e Bernardo Silva decisivo, ao fazer a assistência para o espanhol Rodri marcar, aos 68, o tento que decidiu a final da ‘Champions’ 2022/23.

Há dois anos, em 29 de maio de 2021, num embate disputado perante escassos 14.110 espetadores, devido às restrições impostas pela pandemia da covid-19, os dois internacionais lusos também foram titulares, mas perderam para o Chelsea.

Rúben Dias jogou os 90 minutos e Bernardo Silva foi substituído aos 64, pelo brasileiro Fernandinho, num embate decidido aos 42 pelo alemão Kai Havertz, que aproveitou a ‘avenida’ no miolo do meio-campo do City, órfão de Rodri, que Guardiola, estranhamente, deixou de fora. Hoje não o fez, e o espanhol decidiu.

Por seu lado, João Cancelo – produto das camadas jovens do Benfica, como Rúben Dias e Bernardo Silva — voltou a falhar a final, como há dois anos, mas agora ganhou o título.

No jogo do Dragão, o lateral internacional luso foi suplente não utilizado e, desta vez, arrebatou a ‘orelhuda’ por ter atuado nos seis jogos da fase de grupos, antes de ser emprestado ao Bayern Munique, no qual acabou a época.

O lateral, o central e o médio acabaram com uma série de quatro épocas consecutivas sem vencedores lusos, já que Liverpool (2018/19), Bayern Munique (2019/20), Chelsea (2020/21) e Real Madrid (2021/22) não utilizaram qualquer futebolista português nas respetivas campanhas.

Para encontrar os últimos portugueses campeões europeus era preciso recuar a 2017/18, época em que Cristiano Ronaldo, Pepe e Fábio Coentrão ganharam a prova ao serviço dos ‘merengues’.

Cristiano Ronaldo, presentemente desterrado no Al Nassr, somou o quinto título (2008/09, pelo Manchester United, e 2013/14, 2015/16, 2016/17 e 2017/18, todos pelo Real Madrid), sendo o português com mais vitórias na prova.

Por seu lado, Pepe, que agora alinha no FC Porto, isolou-se no segundo lugar do ranking dos internacionais lusos, com três cetros, todos pelos madrilenos (2013/14, 2015/16 e 2016/17).

Quanto a Fábio Coentrão, juntou-se a 16 outros jogadores lusos com dois triunfos, lote que inclui 12 bicampeões pelo Benfica (1960/61 e 1961/62), nomeadamente Cruz, Cavém, Costa Pereira, José Augusto, Coluna, José Águas, Ângelo, Germano, Santana, Neto, Mário João e Serra.

Também somam dois troféus Paulo Sousa (Juventus em 1995/96 e Borussia Dortmund em 1996/97), Deco (FC Porto em 2003/04 e FC Barcelona em 2005/06), e Paulo Ferreira e Bosingwa (FC Porto em 2003/04 e Chelsea em 2011/12).

Para já, Cancelo, Rúben Dias e Bernardo Silva ainda não estão neste patamar, de 17 eleitos, mas juntaram-se a outros ‘monstros’ do futebol luso, nomeadamente a Eusébio e Simões (campeões pelo Benfica em 1961/62).

Futre, Fernando Gomes, Sousa, Jaime Pacheco, João Pinto, André, Jaime Magalhães ou Inácio (FC Porto, em 1986/87), Figo (Real Madrid, em 2001/02), Rui Costa (AC Milan, em 2002/03), Vítor Baía, Jorge Costa, Costinha ou Maniche (FC Porto, em 2003/04) e Nani (Manchester United, em 2007/08) também somam um troféu.