“Foi um ataque sem precedentes contra a integridade dos Jogos Olímpicos e do desporto. O Comité Executivo do COI impôs sanções proporcionais à manipulação sistemática, protegendo os atletas limpos”, resumiu Thomas Bach.
Reunido em Lausana (Suíça), o Comité Executivo da entidade olímpica decidiu impedir a participação da Rússia enquanto nação nos próximos Jogos Olímpicos de Inverno, que terão lugar na Coreia do Sul, permitindo, no entanto, que os desportistas russos participem como independentes, sob a bandeira olímpica.
O COI segue assim o exemplo da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), que em novembro de 2015 suspendeu a federação russa no seguimento das revelações de um sistema de dopagem sistemático e institucionalizado no desporto do país, mas abriu a porta à participação de atletas independentes nos Jogos Olímpicos Rio2016.
Esta é a primeira vez que o COI decide sancionar todo um país por doping e impedi-lo de participar nos Jogos Olímpicos.
Em comunicado, o organismo indicou ainda as condições para que atletas russos sejam elegíveis para Pyeongchang2018, esclarecendo que a lista de desportistas será determinada por um painel, encabeçado por Valérie Fourneyron, que preside à Autoridade de Controlo Independente (ACI) da Agência Mundial Antidopagem.
Os atletas podem competir, em modalidades individuais ou coletivas, com a designação de “Atleta Olímpico da Rússia”, e com um equipamento com o seu nome e a bandeira olímpica. Caso conquistem medalhas, estas serão creditadas como independentes e, caso se sagrem campeões, será o hino olímpico a tocar.
A Rússia somou 13 títulos olímpicos em Sochi2014, a competição que esteve no centro do escândalo de dopagem que abalou o desporto russo, e conquistou 33 medalhas.
Além de ter anunciado a irradiação do vice-primeiro ministro russo, Vitali Moutko, que durante vários anos tutelou o desporto no país, o COI vetou ainda a presença de qualquer representante do ministério russo do desporto na Coreia do Sul.
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