"São muitas emoções", disse Curin, que teve so seus membros amputados aos seis anos devido à meningite, antes de saltar para a água gelada com outros dois atletas. "E pensar que há um ano estávamos apenas a escrever esta história", acrescentou.
O trio deu a primeira braçada às 8:15 locais na praia da cidade boliviana de Copacabana, e espera completar o desafio em dez dias. O seu destino são as Ilhas Uros, na baía de Puno, no Peru.
O nadador do leste da França ficou em quarto lugar nos 200 metros livres nos Jogos Paralímpicos do Rio2016 e foi duas vezes vice-campeão mundial.
Os companheiros de equipa de Curin são a ex-nadadora olímpica Malia Metella, de 39 anos, que está aposentada das piscinas há 11 anos, e Matthieu Witvoet, de 27, que se define como um "ecoaventureiro".
Os atletas vão nadar revezando-se em turnos acompanhados por um bote construído com resíduos e terão como objetivo passar uma mensagem sobre o cuidado com o meio ambiente.
Durante a viagem, vão filtrar a água do lago para beber e vão armazenar os alimentos em sacolas reutilizáveis para não gerar resíduos poluentes.
Antes de saltar para a água, Curin e os seus companheiros receberam o reconhecimento das autoridades locais e a bênção de um amauta, ou sábio aimará, que atirou pétalas brancas sobre eles num ritual de oferenda à Cota Mama (Mãe Água) para pedir pela sua proteção. Dez atletas da Federação Boliviana de Natação nadaram com a equipa durante os primeiros quilómetros do trajeto.
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