“Quarenta e oito é um número muito grande e vai ser interessante. Acho que pode haver dois ou três países na Europa, não mais [a conseguir organizar]. Nenhum em África, talvez a China, talvez os Estados Unidos...”, admitiu o dirigente, que sempre apoiou o aumento de 32 para 48 seleções.
As candidaturas para a organização do Mundial de 2026 começaram em maio de 2016, tem de ser entregues num prazo de 12 meses e terão de ter em conta requisitos relativos aos direitos humanos, sustentabilidade da competição e proteção do ambiente.
Este período, que admite candidaturas conjuntas, servirá ainda para excluir os candidatos incapazes de cumprir com os requisitos técnicos.
Quanto ao Campeonato da Europa, Ceferin entende que 24 “é o número certo” de participantes, à semelhança do que aconteceu em França em 2016, quando Portugal foi campeão.
“Foi uma boa competição, com muitos países pequenos que estiveram bem, e gerou as maiores receitas da UEFA”, justificou.
O Euro2020 será disputado em vários países europeus, situação que, sob a sua liderança, não se repetirá, pois, defende, “não é um trabalho fácil para a UEFA”, admitindo, por isso, apenas organizações conjuntas entre dois países.
O formato da Liga dos Campeões, que aprovou quatro entradas diretas para os quatro campeonatos mais importantes, também foi analisada, não desejado mudanças futuras ao recentemente aprovado.
“Qualquer superliga ou liga fechada está fora dos pensamentos da UEFA. O nosso plano é que o formato e a lista de acesso não sejam mais mudados”, vincou, reconhecendo que as federações e clubes não foram informados de forma adequada quanto a estas mudanças, contestadas pela generalidade dos países.
O dirigente explicou-se com o facto dos cinco maiores países do futebol gerarem 86 por cento dos benefícios da modalidade e apenas obterem 60 por cento do rendimento, pelo que, admite, este tema “não foi fácil para a liderança da UEFA” antes das eleições que o levaram ao poder.
Ceferin vai estar na quarta-feira no Estoril a participar no Football Talks, promovido pela federação portuguesa, e que na sexta-feira terá no encerramento o presidente da FIFA, o ítalo-suíço Gianni Infatino.
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