No dia em que cumpriu quatro anos à frente da presidência do Sporting, que é hoje um clube “com vitalidade, saudável, jovem e com futuro”, Frederico Varandas fez um balanço do seu percurso à televisão do clube para abordar também outros temas, como as modalidades e o registo histórico em volume de negócios na época 2021/22.
“O Sporting não tinha de vender o Matheus Nunes [ao Wolverhampton]. Tinha de fazer determinadas vendas. Vendeu o Matheus Nunes, como vendeu o Nuno Mendes há um ano, como há dois anos vendeu o Bruno Fernandes, Acuña, Wendell e no ano seguinte fomos campeões”, argumentou o presidente ‘leonino’.
Sobre Rúben Amorim, Varandas afirmou que o jovem técnico, de 37 anos, com quem tem uma “excelente relação profissional e uma ligação”, é “obcecado em pôr o Sporting a vencer”, pelo que voltaria a pagar cerca de 10 milhões de euros (ME).
“Obviamente que a carreira de Rúben Amorim vai estar sempre ligada àquele momento que muitas pessoas acharam absurdo. Hoje, voltaria a gastar todos os cêntimos que o Sporting gastou no treinador, porque é o treinador certo, que quer ter o melhor grupo possível e está de corpo e alma no projeto Sporting”, justificou.
O Sporting registou o melhor valor de sempre em volume de negócios na época 2021/22, de 181,9 milhões de euros (ME), muito por culpa da participação na Liga dos Campeões, com o dirigente ‘leonino’ a explicar a estratégia adotada.
“É preciso ter uma visão mais holística, a médio e longo prazo. É verdade que podemos ter o risco de não ganhar, mas não podemos hipotecar o caminho do Sporting de tornar-se mais forte. Fizemos um equilíbrio no investimento no futebol, na formação, infraestruturas e na marca. São decisões estratégicas que fazem com que o Sporting tenha batido os recordes de receitas. Investimentos no clube, nas pessoas e nos recursos humanos”, contou.
Segundo Varandas, o Sporting “nunca irá cair na tentação do populismo de ganhar amanhã, a curto prazo, podendo hipotecar o futuro do clube”, pelo que “todas as decisões têm um príncipio base de sustentabilidade”.
Relativamente às modalidades ‘leoninas’ – algumas “não tinham formação” quando Varandas passou a liderar o clube lisboeta – , o caminho é idêntico ao do futebol.
“As modalidades fazem parte do ADN e história do Sporting. Caminhámos para um equilíbrio e conquistas a nível nacional e internacional. Se no futebol temos linhas gerais das quais não abdicamos, viver da formação com quota importante, esse também é o caminho e a base das modalidades”, apontou.
Por fim, perspetivou o futuro, deixou claro que os ‘leões’ não se vão desviar de uma linha própria.
“Temos uma linha em que houve a palavra sustentabilidade. Queremos ser mais ambiciosos e, tendo mais receitas, investimos mais. Se as receitas não crescerem, não investimos mais. Há um eixo bem definido: formação, futebol e modalidades. Vamos continuar a transformação digital do clube e manter a competitividade das equipas, seguindo sempre os nossos valores e ideais. Acreditamos num Sporting preparado para o futuro, competitivo e a lutar por títulos”, terminou.
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