Num jogo com poucas oportunidades de golo para as duas equipas, Pedro Gonçalves deu vantagem ao Sporting, aos 22 minutos, anulada com o tento de Rui Costa, aos 84. Quando o empate parecia uma realidade, o ‘capitão’ Coates apareceu para dar a vitória aos 90+3.
Pela primeira vez na história, o Sporting realiza os primeiros 22 jogos na I Liga sem conhecer o sabor da derrota, através de 18 triunfos e quatro igualdades, batendo o recorde de 21 jornadas que perdurava desde 1981/82, que coloca a formação lisboeta cada vez mais próxima de poder conquistar o cetro de campeão nacional, que lhe escapa desde 2001/02.
Na tabela classificativa, a turma de Rúben Amorim lidera com 58 pontos, mais 12 que o Sporting de Braga, 13 que o FC Porto e 16 que o Benfica, ainda que à condição, enquanto o Santa Clara mantém o sétimo posto, com 28.
Com Matheus Nunes na posição habitualmente ocupada pelo lesionado Pedro Porro e Bruno Tabata a substituir Nuno Santos, por opção técnica, o Sporting deparou-se com dificuldades iniciais, perante a boa organização do Santa Clara, desinibido na procura de transições rápidas, embora os primeiros minutos tenham sido de estudo mútuo, com pouco trabalho nas balizas.
Um resgate de João Palhinha a uma bola aliviada pela defesa açoriana acabou por criar o desequilíbrio necessário, numa jogada conduzida posteriormente por João Mário e Bruno Tabata, com o último, num belo trabalho, a desmarcar Pedro Gonçalves para o 15.º golo do português na I Liga, através de um remate de primeira, rasteiro e cruzado, aos 22 minutos.
A eficácia ‘leonina’ era máxima, abrindo o ativo na primeira (e única) ocasião de relevo do primeiro tempo, que prosseguiu numa toada idêntica, com mais posse sportinguista e o Santa Clara a tentar responder ao tento sofrido, mas a sofrer um revés com a saída por lesão do avançado Cryzan, aos 30, substituído por Rui Costa na frente de ataque.
A segunda parte trouxe poucas mudanças e o Sporting manteve-se ‘adormecido’, embora aguentando a vantagem mínima, apesar da falta de ideias no setor ofensivo, com um futebol pouco articulado, compensado pela consistência dos homens mais recuados, a susterem as investidas dos açorianos, sobretudo em lances de bola parada e cruzamentos.
A troca algo inesperada de Tiago Tomás por Daniel Bragança procurou trazer maior criatividade e ligação entre o meio-campo e o ataque, mas os ‘leões’ continuaram a colocar-se ‘a jeito’, à exceção de uma jogada concluída por Nuno Santos, aos 72 minutos, num cruzamento em forma de remate desviado por Marco Pereira pela linha de fundo.
Rui Costa, que já tinha ameaçado num remate muito torto, acabou mesmo por materializar o que o jogo já ameaçava e igualou o encontro, aos 84, ao aproveitar um corte defeituoso de Feddal a um cruzamento de primeira de Carlos Júnior, após uma bola longa de Jean Patric.
O empate teve o condão de despertar o Sporting, que abdicou do esquema de três centrais e ‘encostou’ o Santa Clara atrás, sendo recompensado com o cabeceamento do ‘salvador’ Coates, imensamente festejado por toda a equipa, já depois de uma primeira tentativa do uruguaio e outra do recém-entrado Jovane Cabral.
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