1-1 registado no marcador no final do tempo regulamentar. O encontro entre o Sporting e o Benfica, em dia de dérbi especial, segue para o desempate nas grandes penalidades.
As regras aceites pelos dois emblemas ditaram que seria atribuído um primeiro pontapé a que se seguiria, no caso de não ficar decidido à primeira, uma lotaria de penalidades até uma das equipas falhar.
A responsabilidade pesou nos ombros de “Paulinho”. Preparou-se, olhou para a baliza ocupada por “Odisseas Vlachodimos”, chutou e ... gooooooolo. “Paaaaaaulinhoooooooo”. Vantagem leonina e a pressão virou para as águias.
Adán pôs-se entre os postes. Pizzi ajeitou a bola. Recuou, rematou e falhou. 2-1 e vitória do Sporting Clube de Portugal diante do eterno rival.
Este poderia ser o filme de mais um jogo entre dois grandes do futebol português. Poderia. Mas, ao invés, Pizzi, médio português que veste de encarnado e Adán, guarda-redes espanhol de leão ao peito, foram os protagonistas do dérbi mais pequeno do mundo jogado num pano verde.
Adán foi “Paulinho” no momento decisivo e ele mesmo foi Adán ao ocupar a baliza para defender a penalidade de Pizzi, um especialista do pontapé dos 11 metros e que, por isso, não chamou ninguém a essa responsabilidade depois de ter, na pele de Vlachodimos, vivido a angústia do guarda-redes no momento do penálti.
Nestes momentos de grande responsabilidade e pressão, o guardião leonino sentiu-se, curiosamente, à vontade no papel de ponta de lança, posição com que entrou no mundo do futebol mas que viria a durar um único treino. “Comecei como avançado, mas houve um treinador que achou que era melhor ir para a baliza. Não tinha jeito nenhum, foi só um treino, fui para a baliza e fiquei por lá até hoje”, disse na habitual flash interview.
Numa iniciativa promovida pela marca que patrocina ambos os jogadores, a partida juntou os dois atletas que se estrearam a chutar com os dedos num jogo de subbuteo, o clássico jogo de futebol de mesa.
Depois de um “pedra, papel ou tesoura” a substituir a tradicional moeda ao ar, o futebol real foi transferido durante 10 minutos, divididos em duas partes de cinco, para um tapete verde de pequenas dimensões.
Rui Simões, locutor da Cidade FM e apresentador do podcast Sport Beleza na Sporttv, foi o árbitro de serviço.
Os leões viram um golo anulado por Adán não cumprir as Leis do jogo ao rematar para a baliza sem aviso prévio —, decisão confirmada pelo VAR; houve bolas no poste (Paulinho e Rafa, assistido por Pizzi) e das bancadas gritou-se para a entrada de Pote e Taarabt.
O conjunto de Alvalade adiantou-se no marcador, o vizinho da 2.ª circular empatou, através de um pontapé da marca das grandes penalidades.
O relógio apontava o fim do tempo regulamentar, mas o árbitro concedeu mais uns longos segundos no preciso instante em que a bola passou para a mão de Pizzi. “São prolongamentos à Benfica”, gracejou Adán. Um sorriso reforçado com a vitória no jogo entre os eternos rivais e que serve de aperitivo para o dérbi marcado para 3 de dezembro, 13.ª jornada.
Comentários