“Deram-nos uma grande lição e isso demonstra a importância do futebol no mundo. Demonstraram-nos que a alma deste desporto pertence aos adeptos”, começou por dizer o treinador do Arsenal, em relação à posição destes face à Superliga.
Arteta explicou que todo o futebol tem sobrevivido sem adeptos nos estádios, mas que, no momento em que falaram, fizeram-no de forma contundente.
“Durante a pandemia mantivemos esta indústria sem adeptos nos estádios, mas quando saíram à rua e falaram, foi em voz alta e de forma clara, deram a mensagem mais forte que já se viu na história do futebol”, acrescentou.
O anúncio da Superliga Europeia aconteceu no domingo, mas não sobreviveu mais de 48 horas, com várias vozes críticas, desde governos, à UEFA, FIFA, Federações e adeptos.
“Todos os clubes fizeram o correto, que foi escutarem os adeptos”, disse Arteta.
O treinador revelou também ter sabido das intenções do Arsenal em relação à Superliga, pouco antes da situação ser pública, e justificou ter de respeitar as intenções do clube em assegurar o futuro a longo prazo, bem como as suas posteriores desculpas.
Perante as críticas, Manchester City, Liverpool, Arsenal, Manchester United, Tottenham e Chelsea iniciaram a debandada do projeto da Superliga na terça-feira, seguindo-se já na quarta-feira Atlético de Madrid e Inter Milão.
AC Milan e Juventus já reconheceram a necessidade de avaliar o projeto, enquanto o FC Barcelona faz depender a sua permanência da aprovação dos sócios. O Real Madrid é o único dos 12 clubes fundadores da competição que ainda não emitiu uma posição oficial sobre o tema.
O ‘sonho’ liderado pelo presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, juntou 12 dos principais clubes de Inglaterra, Espanha e Itália, tendo em vista a criação de uma competição anual com 20 equipas, na véspera de a UEFA revelar o formato competitivo da Liga dos Campeões, a partir de 2024/25.
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