Arranca esta sexta-feira em Peniche, na praia de Supertubos, o tempo de espera da 10ª e penúltima etapa do principal circuito mundial da World Surf League (WSL), período que se prolonga até 31 de outubro.
O Meo Rip Curl Portugal pode ajudar, ou mesmo ser decisivo na atribuição do título de campeão de 2017. Numa luta que matematicamente pode ser alargada a oito surfistas, quando faltam duas etapas – Portugal e Havai -, a questão do título deverá ser discutida e estar reduzida a John John Florence, atual campeão, líder do ranking mundial e que ostenta a melhor pontuação de sempre em Peniche (em 2011), e Jordy Smith, surfista sul-africano que chega a Portugal em 2º do ranking e com a estatística do “rei” das finais perdidas. Duas ao todo.
Frederico Morais, no ano de estreia em Peniche como surfista que integra o circuito da WSL sonha com um título que é entregue pela primeira vez este ano: rookie (estreante). Para já, é líder. Como wild card (convidado) o melhor que conseguiu foi um 5º lugar. Mas não foi o melhor português. O feito pertence ao amigo, Vasco Ribeiro, 3º classificado, sendo mesmo o surfista convidado que mais longe foi na etapa portuguesa.
Sumariamente elencamos factos e números do Meo Rip Curl Portugal, uma etapa que decorre em Peniche pela nona vez consecutiva.
10 FACTOS:
Peniche na rota do título mundial
No ano passado, a etapa portuguesa do circuito mundial de surf foi decisiva para as contas do título. John John Florence venceu e sagrou-se campeão mundial. Antes, Peniche já tinha dado um empurrão a Kelly Slatter (2010) para o título. O mesmo Slatter (2011), Mick Fanning (2013), Gabriel Medina (2014) ou Adriano de Souza (2015), poderiam ter sido coroados em Portugal, mas a decisão viajou para a etapa seguinte, no Havai.
O repetente
Mick Fanning é o único surfista que venceu por duas vezes a prova de Peniche. A primeira, em 2009 e depois em 2013. Sem dois dos restantes vencedores ausentes, (Kelly Slater, lesionado e Kai Otton, retirado), deixa em aberto o campo para Florence, Toledo, Wilson e Souza como os outros candidatos com hipótese de inscreverem os respetivos nomes no troféu pela segunda vez.
O evento de 2011
O evento de 2011 é relembrado por muitos como um dos melhores campeonatos da história da World Surf League (WSL), ao ponto da Surfline (site especializado) inclui-lo numa lista dos 10 melhores campeonatos de sempre da história do circuito.
O melhor português
Vasco Ribeiro, é o surfista português como melhor prestação em Peniche. Foi eliminado nas meias-finais de 2015 por Italo Ferreira. O campeão nacional é, também, o wild card que conseguiu chegar mais longe.
A hora dos rookies
Nas últimas quatro finais em Peniche estiveram presentes três rookies. Nat Young (2013), Italo Ferreira (2015) e Connor Coffin (2016).
O vencedor das finais perdidas
Jordy Smith, surfista sul-africano chega a Peniche em 2º do ranking. E com o “título” de campeão das finais perdidas. Aconteceu, por duas vezes, em 2010 e 2014.
A melhor pontuação
A melhor pontuação em 9 anos de história da etapa portuguesa em Peniche foi alcançada por John John Florence. No épico ano de 2011, o então rookie recebeu 19,53 pontos dos juízes. Se olharmos para a final, o score mais elevado pertence ao brasileiro Filipe Toledo (17,83 pontos), em 2015.
Período de espera
A praia de Supertubos, em Peniche, tem um período de espera que decorre entre hoje, sexta-feira, 20 e 31 de outubro
Os portugueses em Peniche
Além de Tiago Pires e Frederico Morais entraram na etapa mais sete surfistas portugueses, como wild cards: Justin Mujica, David Luís, Marlon Lipke, Francisco Alves, Nic von Rupp, Vasco Ribeiro e Miguel Blanco.
Kikas na luta do rookie do ano
São dois os títulos em disputa no circuito mundial. O do circuito propriamente dito e o de rookie do ano, uma novidade introduzida em 2017. Frederico Morais, 13.º classificado do circuito, com 26.400 pontos, lidera a competição dos rookies.
10 NÚMEROS
1ª vez de Frederico Morais
Esta é a primeira vez que Frederico Morais entra em prova em Portugal como membro efetivo do World Tour. As outras duas aparições foram na qualidade de convidado pela organização.
2 portugueses em ação
Depois de Tiago Pires, Portugal volta a ter um surfista português a competir como membro do WCT em Peniche: Frederico Morais. Na prova deste ano são dois os portugueses em ação: “Kikas” e Vasco Ribeiro.
3 surfistas desde 2009
Três surfistas competiram desde o início da prova, todos os anos, de 2009 até 2016: Adriano de Souza, Michel Bourez e Ace Buchan.
4 praias
O campeonato já foi disputado em quatro locais diferentes: Supertubos, palco principal, Belgas, Lagide e Molhe Leste. Em 2009 fez o pleno nas 4 praias. Belgas, em 2010 e em 2015 a competição viria a ser transferida e disputada por instantes no Molhe Leste.
5 países campeões
Em 9 edições, são cinco as nacionalidades dos surfistas vencedores em Peniche. Austrália lidera esta “competição” com quatro vitórias e três surfistas a vencerem a prova. Confira a lista dos vencedores:
2009 – Mick Fanning (Austrália)
2010 – Kelly Slater (EUA)
2011 - Adriano de Souza (Brasil)
2012 – Julian Wilson (Austrália)
2013 - Kai Otton (Austrália)
2014 – Mick Fanning (Austrália)
2015 – Filipe Toledo (Brasil)
2016 – John John Florence (Havai)
6º heat
John John Florence entra em ação no heat 6. Vasco Ribeiro, campeão português e com wild card, entra no heat 5 ao lado do sul-africano Jordy Smith, número 2 do ranking e o brasileiro Italo Ferreira. Já Kikas, 12º heat, tem pela frente Fanning e Ian Gouveia.
7 vencedores
Mick Fanning (2019 e 2014), Kelly Slater (2010), Adriano de Souza (2011), Julian Wilson (2012), Kai Otton (2013), Filipe Toledo (2015) e John John Florence (2016) são os sete vencedores de Peniche.
8 campeões pela matemática
Matematicamente oito surfistas podem ser campeões. São eles John John Florence, Jordy Smith, Gabriel Medina, Owen Wright, Matt Wilkinson, Julian Wilson, Adriano de Souza e Filipe Toledo.
9 anos de Peniche
Peniche recebe há nove anos consecutivos uma etapa do circuito mundial de surf.
10. a nota máxima por 14 vezes
Olhando para o histórico do evento foram atribuídas 14 notas 10, sendo que essa pontuação máxima foi sempre atribuída na etapa de Peniche. Os australianos Owen Wright e Julian Wilson conseguiram em três ocasiões.
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