Na Arena Kazan, Portugal apostou na receita do Euro2016, que tanto deu resultado no ano passado em França, mas desta vez acabou por ser afastado nos penáltis, perante uma seleção chilena que merecia ter garantido a vitória antes da ‘lotaria’.
Os campeões sul-americanos tiveram as melhores oportunidades da meia-final e, a poucos minutos do fim do prolongamento, acertaram duas vezes seguidas na ‘madeira’ da baliza de Rui Patrício.
Depois disso, o guarda-redes Claudio Bravo acabou ser decisivo, ao defender todas as grandes penalidades portuguesas, executadas por Ricardo Quaresma, João Moutinho e Nani. Os chilenos foram ‘letais’ e ‘carimbaram’ a final.
De regresso a um jogo a eliminar, com a seleção lusa à procura da terceira final da sua história, Fernando Santos usou a receita do Euro2016, colocando a equipa mais recuada em campo, dando o controlo da bola ao adversário, à espera de um erro para criar ataques rápidos.
Poucos minutos antes do final do tempo regulamentar, o selecionador português fez entrar Nani e Quaresma para as alas, deixando Ronaldo ainda mais sozinho na frente. A partir dessas alterações, Portugal nunca mais incomodou a defesa do Chile.
Com alguma surpresa, Bernardo Silva recuperou de lesão e apareceu no ‘onze’ titular, acabando mesmo por ser uma das melhores unidades de Portugal em campo. Saiu aos 83 minutos completamente esgotado.
Logo aos dois minutos, André Gomes, muito lento em todo o jogo, protagonizou o primeiro remate de Portugal, atirando fraco à figura. O médio do FC Barcelona teve mais que tempo e espaço para fazer melhor.
Aliás, com o decorrer do encontro, Gomes teve uma meia cheia de oportunidades para ‘alvejar’ a baliza de Bravo, mas mostrou-se sempre muito desastrado no remate.
O arranque da partida foi frenético com Rui Patrício a impedir o golo de Vargas, que apareceu isolado à sua frente. Pouco minutos depois, num lance muito semelhante, Bravo não deixou André Silva abrir a contagem.
Para não apanhar mais sustos, as duas equipas baixaram o ritmo do jogo, com o Chile a ter mais posse de bola, enquanto Portugal aparecia fechado atrás, sempre à espreita de poder criar um ataque rápido.
Até ao intervalo, destaque apenas para o médio Aranguiz, que assustou por duas vezes Rui Patrício, acabando por falhar o alvo em ambos os lances.
A segunda parte abriu com Vidal a ter na cabeça o golo do Chile. O médio do Bayern Munique fugiu com facilidade a Eliseu, mas atirou por cima.
Pouco depois, aos 57 minutos, nova oportunidade para os chilenos, desta vez com um remate acrobático de Vargas, que Patrício respondeu com excelentes reflexos.
O guarda-redes do Sporting somou a sua 63.ª internacionalização e igualou Manuel Bento.
Com a hipótese do prolongamento a ganhar cada vez mais força, Fernando Santos optou por colocar Nani no lugar de André Silva, aos 76 minutos, e Ricardo Quaresma entrou aos 83, saindo Bernardo Silva.
Os dois jogadores colocaram-se nas alas, tentando tapar as subidas dos dois laterais do Chile, e André Gomes passou para o meio, ficando no apoio a Ronaldo.
Com estas alterações, Portugal perdeu todo o seu fulgor ofensivo e esteve praticamente fechado em todo o prolongamento, tentando levar a decisão para as grandes penalidades.
Acabou por conseguir isso, mas sofreu muito para lá chegar. Logo aos 95 minutos, Alexis Sánchez ficou a milímetros do golo e, aos 112, o Chile ficou a queixar-se com razão de uma grande penalidade. O vídeo-árbitro não interveio.
Fernando Santos refrescou o meio campo com a entrada de João Moutinho para o lugar de Adrien e, já perto do apito final, lançou Gelson Martins, tirando André Gomes.
Tudo podia ter ficado resolvido no último minuto do prolongamento, mas a sorte nada quis com o Chile. Vidal atirou ao poste e, na recarga, com Patrício no chão, Martin Rodriguez acertou na barra.
Na marcação das grandes penalidades, Bravo entrou em ação e defendeu os remates de Quaresma, Moutinho e Nani, este último a confirmar a vitória do Chile. Vidal, Aranguiz e Alexis não deram hipóteses a Patrício.
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