“Por acaso não vamos ver, porque jogaremos à mesma hora [em Portimão]. Gostava que fosse um bom jogo. Se o Palmeiras merecer ganhar, será uma honra muito grande para mim pessoalmente”, confessou o atual técnico do Boavista, na sala de imprensa do Estádio do Bessa, após a derrota frente ao Sporting (2-0), da 15.ª jornada da I Liga.
Palmeiras e Santos disputam em desafio único a principal competição sul-americana de clubes no sábado, às 20:00 (horas em Lisboa), no Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, compondo uma final inédita e a terceira entre emblemas ‘canarinhos’ em 61 edições.
“Numa final brasileira só lamento que o Maracanã esteja vazio. Será mais uma prova da força do futebol brasileiro na América do Sul. Quis o destino que as coisas corressem desta forma. No ano passado houve um português que conquistou a Libertadores. Este ano há outro que pode voltar a ganhá-la. Isso é que é o mais importante”, observou.
Quase 14 meses depois do triunfo do Flamengo, então liderado por Jorge Jesus, frente aos argentinos do River Plate (2-1), Abel Ferreira procura repetir o sucesso do atual treinador do Benfica e somar o primeiro título ao fim de três meses ao leme do ‘verdão’.
“Está a fazer um grande trabalho no Palmeiras. Quem não conhece o futebol brasileiro pode não entender o alcance do que estou a dizer. O Abel tem todas as hipóteses de ganhar e escrever mais um nome português na competição. Gosto dele como pessoa e treinador. Seria uma honra muito grande para nós ter dois portugueses a vencer”, notou.
Jesualdo Ferreira, de 74 anos, trabalhou com o ex-defesa direito no Sporting de Braga (2004 a 2006) e reencontrou-o no Sporting durante a temporada 2012/13, quando Abel Ferreira dava as primeiras pisadas nos bancos pela equipa de juniores dos ‘leões’.
O Palmeiras, quinto colocado do Brasileirão, com 52 pontos, vai jogar pela quinta vez a final da Taça Libertadores, após três derrotas (1961, 1968 e 2000) e uma vitória sobre os colombianos do Deportivo Cali (4-3 nos penáltis, após 2-2 nas duas mãos) em 1999.
Quadro inverso apresenta o rival paulista, 10.º classificado, com 45 pontos, pois perdeu a edição de 2003, mas celebrou em 1962 (3-0 no jogo de desempate com os uruguaios do Penãrol), 1963 (5-3 frente aos argentinos do Boca Juniors) e 2011 (2-1 sobre o Penãrol).
“Guardo boas recordações do Santos. Sei o valor que os jogadores têm e até onde poderiam chegar”, finalizou Jesualdo Ferreira, que somou seis vitórias, quatro empates e cinco derrotas ao serviço do ‘peixe’ entre dezembro de 2019 e agosto de 2020.
Na Libertadores, orientou os triunfos sobre os argentinos do Defensa y Justicia (2-1) e os equatorianos do Delfín (1-0) nas duas primeiras jornadas do Grupo G, realizadas em março, antes da paragem competitiva global imposta pela pandemia de covid-19.
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