Na cerimónia de entrega dos prémios, que teve lugar em Paris, Romain Bardet recebeu o troféu Bernard Hinault, para melhor francês da temporada, enquanto Pogacar e Kopecky ficaram também com o prémio Eddy Merckx de melhor corredor de clássicas, na votação internacional de 40 jornalistas especializados.

Vencedor do ranking individual da UCI pela quarta temporada consecutiva, Pogacar, já vencedor em 2021 e que esteve praticamente imbatível este ano, com sucessos no Tour, Giro e Campeonato do Mundo de estrada, sucede ao dinamarquês Jonas Vingegaard na lista de vencedores do troféu atribuído pelo Vélo Magazine, a mais prestigiada publicação sobre ciclismo. Foi o primeiro ciclista desde Stephen Roche em 1987 a alcançar a ‘Tripla Coroa’.

Lotte Kopecky, triunfadora no Campeonato do Mundo e na clássica Paris-Roubaix, é escolhida pela primeira vez e sucede à neerlandesa Demi Vollering.

Pela segunda vez, os troféus, atribuídos desde 1992, foram entregues em cerimónia no pavilhão Gabriel, nos Campos Elísios, com o mesmo formato usado para a Bola de Ouro de futebol.

Pogacar, graças aos sucessos na Liège-Bastogne-Liège, Volta a Lombardia, Strade Bianche e no Mundial, fica também com o prémio Eddy Merckx, para melhor corredor de clássicas, superando o neerlandês Mathieu van der Poel, triunfador dos ‘Monumentos’ Volta a Flandres e Paris-Roubaix.

Desde que se tornou profissional em 2019, o esloveno de 26 anos somou 88 triunfos, o primeiro dos quais na Volta ao Algarve, e em cinco épocas como profissional, conquistou três vezes o Tour (2020, 2021 e 2024), tendo ainda sido ‘vice’ na prova francesa em 2022 e 2023 e terceiro classificado na Vuelta2019.

Romain Bardet foi camisola amarela no Tour, depois de ganhar a primeira etapa, e terminou em segundo na Liège-Bastogne-Liège, logo atrás de Pogacar.

O prémio Daniel Morelon, para melhor ciclista francês para desportos olímpicos sem ser estrada (pista, BMX e BTT) foi para Pauline Ferrand-Prévot, campeã olímpica de BTT em Paris.

A nível global, o prémio Chris Hoy, ganhou o ‘rei’ da velocidade em pista, o neerlandês Harrie Lavreysen, triplo campeão olímpico em Paris.

O prémio para melhor paraciclista francês foi para Alexandre Léauté e o galardão Gino Mäder, que distingue ações solidárias ou causas sociais, foi entregue ao espanhol Luis Angel Maté.