Provavelmente o nome Ricardo José Vaz Alves Monteiro não lhe diz nada, coberto pela alcunha Tarantini desde que foi assim batizado por Vírgilio Martins, membro do corpo técnico liderado por João Cavaleiro, nos tempos em que jogava no Sporting da Covilhã.
A alcunha calçava-lhe que nem uma luva devido às parecenças físicas com Alberto César Tarantini, lateral esquerdo campeão do mundo em 1978 com a Argentina, cinco anos antes de Ricardo Monteiro nascer, e foi ficando.
Tarantini, o argentino, soube por jornalistas portugueses, em entrevista ao jornal A Bola, que o capitão de um clube português, o Rio Ave, jogava com o seu apelido nas costas. A reação não se fez esperar, com Alberto a afirmar que não lhe “agrada nada saber isso”.
“Está a usar o meu apelido e a minha imagem de campeão do mundo. Nada disso lhe foi autorizado. Causa-me verdadeiro mal-estar que ele tenha na camisola um nome e um apelido que não são seus. Enquadro isso como uma usurpação do meu nome, isto nada tem a ver com o seu valor desportivo, tem sim tudo a ver com a minha história como jogador de futebol, que está à vista. Fui eu que a fiz e conquistei o que conquistei”, disse.
Surpreso com a reação da antiga lenda do River Plate e Boca Juniors, o médio defensivo de 36 anos diz que nunca teve “qualquer intenção de aproveitar o nome”. É um nome que me acompanha desde os 18 anos, pegou logo, teve relação apenas com parecenças físicas, porque nunca fui lateral esquerdo, nunca foi qualquer associação a uma forma de jogar. Sinceramente nunca investiguei muito da carreira do Alberto Tarantini, fiquei com essa imagem de campeão do mundo pela Argentina. Nunca houve a mínima ideia de copiar ou aproveitar o que quer que fosse da carreira dele”, explica Tarantini, o português.
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