“Seguramente não lhe vai escapar detalhe nenhum para que os seus jogadores estejam no máximo e, portanto, se ele [o treinador do FC Porto, Sérgio Conceição] considera que vai jogar uma final, nós teremos de estar preparados para um campeão nacional que vai disputar uma final”, afirmou José Gomes, em resposta se o Marítimo também encarava o embate de quarta-feira como uma final.
Para o técnico ‘verde rubro’, qualquer jogo é de extrema importância devido ao penúltimo lugar na tabela classificativa, posição “completamente fora daquele que deveria ser o lugar do clube, considerando todo o seu palmarés e história”.
“Qualquer jogo é de extrema importância. Não é uma final na perspetiva de que um resultado menos conseguido nos afastaria desse objetivo de permanecer na I Liga, mas é extremamente importante”, adiantou, enfatizando que o Marítimo vai “se bater para tentar vencer, sabendo que do outro lado está uma equipa campeã, muitíssimo bem orientada”.
Segundo o ‘timoneiro’ natural de Matosinhos para aspirar um resultado positivo, os madeirenses têm de estar no máximo das suas capacidades, para contrariar “uma equipa muito forte em ataque organizado e rápido”, dotada de armas para “interpretar planos de jogo muito diferentes”.
“Se tivermos um pouco abaixo do máximo já não chega para alimentar a esperança de conseguir vencer, teremos de estar no máximo de tudo aquilo que somos capazes de fazer”, referiu o técnico que não poderá contar com os castigados João Afonso e Edgar Costa, regressando Matheus Costa e Rafael Brito.
O avançado Brayan Riascos já tem o certificado internacional e poderá ser opção para a receção aos ‘dragões’. O defesa Zainadine já realiza trabalho de campo, mas ainda deverá ficar de fora do lote de opções para o embate caseiro, estando também de fora por mazelas físicas Geny Catamo e Diogo Mendes.
Questionado sobre se a vitória diante do Sporting (1-0) na 15.ª ronda servirá para moralizar os jogadores para o encontro frente aos ‘azuis e brancos’, José Gomes garantiu que “o jogo vai ser completamente diferente”, fruto também das características distintas dos seus jogadores.
O sucessor de João Henriques no comando técnico insular enumerou uma lista de erros que não podem ser cometidos diante do campeão nacional em título.
“Não podemos dar a profundidade que o Galeno precisa para explorar as costas dos defesas, perder a bola no centro do terreno quando o FC Porto nos convida a jogar por dentro, desconcentrar minimamente em qualquer esquema tático ofensivo do adversário, porque são muito fortes em lances de bola parada e também não podemos entrar em duelos fora daquilo que é o registo do jogo dentro da lei”, concluiu.
No papel de anfitrião, o Marítimo que se encontra na 17.ª e penúltima posição, com 13 pontos, defronta o FC Porto, terceiro classificado, com 39, na quarta-feira, às 19:00, para a 18.ª ronda da I Liga de futebol.
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