“É a minha 13.ª medalha consecutiva [em Europeus]. As pessoas veem bronze, mas eu vejo ouro. Não sei quantas pessoas são capazes de fazer isto, e, ao mesmo tempo, tornei-me a segunda judoca mais medalhada a nível mundial. Estou super feliz”, frisou Telma.
Aos 33 anos, a judoca do Benfica somou a sua 13.ª medalha em 13 Europeus – cinco de ouro, uma de prata e sete de bronze –, às quais junta uma olímpica, o bronze no Rio2016, e mais cinco em campeonatos do Mundo, quatro de prata e uma de bronze.
“Sinceramente, para mim é um dia extremamente positivo. Desde o Europeu do ano passado que não subia ao pódio. Consegui-o agora também num grande momento, pois são os Jogos Europeus e o Campeonato da Europa, a contar para os Jogos Olímpicos”, frisou.
O segredo, segundo Telma Monteiro, é o muito que acredita em si própria, a confiança que ganhou em sucessivas idas ao pódio, independentemente de os últimos resultados nem estarem a ser muito positivos.
“Era mais um dia, mais uma oportunidade, não interessava o que antes ganhei e muito menos o que não ganhei. Cada dia que acordo para uma competição, é mais um dia que penso que posso ir ao pódio e hoje tive também esse pensamento”, garantiu.
A judoca lusa diz que sentiu “uma energia muito boa” na Aldeia dos atletas e acreditou sempre que “podia fazer um bom resultado”.
“Eu queria fazer um resultado histórico e acho que, mais histórico do que isto, não podia ser”, disse, acrescentando: “Acho que estive muito bem. Acho que tive muito sangue frio, até porque num combate estive a perder por dois castigos e acabei por virá-lo e ganhar [era uma atleta muito difícil para mim]”.
Telma Monteiro só perdeu na semi-final, na sua opinião porque, “fisicamente, a adversária foi mais forte”.
“O mais importante é pensar num todo, num ano que não me estava a correr muito bem. Tive muito sangue frio para chegar a este momento mais mediático, um momento muito esperado, que é um campeonato da Europa, e fazer a diferença”, reafirmou, frisando: “Tenho sempre muita confiança nas minhas capacidades”.
Quanto ao futuro próximo, “o foco vai continuar a ser o apuramento olímpico”.
“Tenho um ‘Grand Prix’ e tenho algumas semanas para recuperar. Depois, tenho o campeonato do Mundo e vou-me preparar bem. É no Japão, onde eu já lutei diversas vezes. O foco é os Jogos Olímpicos, mas, pelo meio, há estas competições que são muito importantes, que são os Europeus e os Mundiais, pois são estas que ficam na história, e no currículo”, explicou.
Comentários