“Acho que todos concordam que estes Jogos foram um grande sucesso, apesar das circunstâncias difíceis e um contexto complicado para o Brasil e Rio de Janeiro”, recordou o dirigente alemão, na Assembleia Geral da Organização Desportiva Pan-Americana (ODEPA), em Punta del Este, no Uruguai.
Ao material de construção abandonado, às cadeiras empilhadas, aos esgotos transbordantes e várias outras situações que ajudam à crescente controvérsia no Brasil sobre a utilidade dos Jogos Olímpicos, responde Bach com a necessidade de dar tempo ao país para se reorganizar e definir o aproveitamento futuro das novas infraestruturas.
“A realidade é que em Londres2012, por exemplo, o Parque Olímpico foi fechado durante um ano e também outras instalações encerraram dois ou três anos porque precisávamos de tempo para as adaptar a um novo uso”, exemplificou.
Quando apontam a piscina onde Michael Phelps fez história e que agora é um paraíso para mosquitos ou o relvado do Maracanã que murchou, Bach prefere destacar os aspetos positivos.
“Esse legado é visível quando vemos os transportes, as infraestruturas… Há relatos que dizem que estas não são totalmente utilizadas. Gostaria de pedir a todos os que fazem esses julgamentos para colocarem a realidade em perspetiva com experiências anteriores”, reforçou.
Thomas Bach acha que todos devem “colocar em perspetiva a situação do país” e lembrou ainda que “estes Jogos foram os mais vistos da história”.
“Se olharmos de perto, a crise no Brasil é muito mais profunda e não tem apenas uma semana. (…) A partir deste ponto de vista, estamos certos de que o Rio de Janeiro está melhor desde os Jogos e que vai continuar a crescer nos próximos meses e anos”, concluiu.
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