A decisão do COI surge após uma recomendação da Comissão de Atletas, na sequência de um estudo, em que mais de dois terços dos 3.547 atletas questionados consideram que "não é apropriado manifestar ou exprimir o seu ponto de vista" no pódio, no campo ou nas cerimónias oficiais.
Esta recomendação surge na sequência de pedidos para que seja flexibilizado o artigo 50.º da carta olímpica, que proíbe qualquer "manifestação ou propaganda política, religiosa ou racial".
"As pessoas interrogadas tendem a pensar que é apropriado os atletas manifestarem ou exprimirem as suas opiniões nos media, nas conferências de imprensa e nas zonas mistas", refere o COI.
Dentro das recomendações adotadas pela comissão executiva, está a adaptação do juramento olímpico, para prometer coesão e a não discriminação, sendo distribuídas aos atletas roupas com as palavras paz, solidariedade e igualdade.
Na sequência de vários protestos do movimento Black Lives Matter, o Comité Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos tinha anunciado que os seus atletas eram livres de levantar o punho ou ajoelhar-se durante o hino nacional.
Em relação aos Jogos Olímpicos de Inverno, tem havido pedidos de boicotes à China, devido à repressão sobre os uigures na província de Xinjiang e à restrição de liberdades em Hong Kong.
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