“Não conheço os fundamentos materiais e substantivos da decisão, mas digamos que não nos apanha de surpresa relativamente à natureza da decisão. Lamento que tenha sido a que foi, designadamente junto das atletas que procuraram uma prova feminina, como no contexto masculino, em particular a Inês Henriques, que foi das que mais se empenhou nessa luta”, explicou Constantino à agência Lusa.
Na terça-feira, o recurso enviado ao TAS por um grupo de atletas, entre elas a portuguesa, foi rejeitado, com o tribunal sediado em Lausana a considerar não ter jurisdição para julgar o caso, deitando por terra as aspirações de se aplicar a decisão junto da World Athletics (antiga IAAF) e do Comité Olímpico Internacional (COI).
Ao lado de Inês Henriques, campeã do mundo em 2017 estiveram Claire Woods (Austrália), Paola Pérez, Johana Ordóñez e Magaly Bonilla (Equador), Ainhoa Pinedo (Espanha) e Erin Taylor-Talcott (Estados Unidos), além de um atleta do setor masculino, o bicampeão olímpico Quentin Rew (Nova Zelândia), atletas que levaram o processo a Lausana, sede do TAS.
À Lusa, a atleta admitiu que vai agora focar-se nos 20 quilómetros, competição em que espera apurar-se para Tóquio2020, algo que Constantino considerou natural.
“Nem esperaria outra coisa”, atirou, dizendo que terá “todo o gosto” em que a marchadora integre a missão portuguesa.
Na terça-feira, Inês Henriques, também a primeira campeã europeia da modalidade, disse estar “triste” com a decisão, ainda que planeie voltar à distância em 2021, nos Mundiais.
“Sinto-me triste, foi uma luta que travei desde o início e que gostava de vencer, independentemente do que pudesse alcançar nos Jogos Olímpicos. Queria lá estar, na prova em que fui a primeira campeã do mundo e da Europa. Não vai ser possível, mas vou começar a treinar para os 20 quilómetros marcha, porque quero, mesmo que sem as mesmas ambições, estar nos Jogos”, explicou à Lusa.
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